Pesquisadores identificaram substâncias com potencial farmacêutico em algas marinhas coletadas no litoral paulista
Algas vermelhas coletadas em costões rochosos de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, podem fornecer extratos bioativos com potencial farmacêutico para o tratamento de câncer e doenças causadas por fungos e bactérias.
Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), isolaram 63 metabólitos secundários nas algas vermelhas. O farmacêutico Rafael de Felício, que defendeu sua dissertação de mestrado sobre o tema, explica que metabólitos primários são aqueles essenciais para a sobrevivência do organismo, enquanto os secundários exercem funções específicas para cada organismo, como proteção contra fungos, predadores e competidores, além de feromônios sexuais.
— É comum vermos estudos envolvendo a identificação de metabólitos primários, tais como açúcares, polissacarídeos, proteínas e aminoácidos, mas estudos envolvendo a descoberta de novos metabólitos secundários são escassos para certos organismos — explica o farmacêutico.
O pesquisador estima que o desenvolvimento de protótipos farmacêuticos a partir das substâncias identificadas pode levar pelo menos 10 anos.
Fonte Zero Hora
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