Isabel Cristina Rubio e a filha Yasmin são portadoras de arritmia cardíaca |
Pesquisadores coletaram amostras das duas; estudo pretende descobrir tratamento para arritmia
A balconista Isabel Cristina Oliveira Rubio, de 37 anos, e sua filha Yasmin, de 17, foram as duas primeiras voluntárias que tiveram as células do sangue menstrual coletadas para participar do estudo para descobrir um tratamento para um tipo de arritmia cardíaca.
"Eu tinha um bebê que chorava de madrugada e eu é que precisava ser socorrida. Falavam que era coisa da minha cabeça, até que fui parar no hospital, tive duas paradas cardíacas e fiquei 20 dias na UTI," conta Isabel.
A balconista Isabel Cristina Oliveira Rubio, de 37 anos, e sua filha Yasmin, de 17, foram as duas primeiras voluntárias que tiveram as células do sangue menstrual coletadas para participar do estudo para descobrir um tratamento para um tipo de arritmia cardíaca.
Mãe e filha sofrem da síndrome do QT longo, um tipo raro de arritmia cardíaca que faz o coração acelerar demais, pode provocar pequenos desmaios e, consequentemente, morte súbita.
A ideia é reprogramar as células do sangue menstrual de mãe e filha para estudá-las "in vitro" e tentar descobrir novas drogas.
Isabel começou a sentir os primeiros sintomas da doença aos 16 anos. Por dez anos, sofreu crises de arritmia quase todas as noites - acordava com o coração acelerado por causa de qualquer barulho: despertador, choro da filha, telefone. Até desmaiava.
Foi nessa época, há sete anos, que Isabel foi transferida para o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), onde começou a ser tratada. Teve um marcapasso com desfibrilador implantado e, desde então, nunca mais teve crises. "Até hoje estou vivendo uma vida nova. Faço exames de rotina a cada seis meses", conta.
Yasmin, filha de Isabel, foi diagnosticada com o problema aos 5 anos de idade. A garota faz tratamento com remédios e nunca teve uma crise grave. Ela também coletou amostras do sangue menstrual para o estudo.
"Não sei se a cura dessa doença chegará para mim, mas gostaria muito de ver minha filha livre disso. Penso no futuro, por isso estou colaborando com a pesquisa. A Yasmin é uma moça e não quero que dependa de um aparelho para o resto da vida."
Fonte Estadão
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