Eles satisfazem às necessidades nutricionais básicas para o corpo humano e desempenham efeitos fisiológicos benéficos à saúde
Atualmente diversas pesquisas mostram dados que comprovam que a população do Rio Grande do Sul está cada vez menos saudável. Em geral, boa parte está acima do peso e possui algum tipo de problema cardiovascular. A cultura gaúcha, principalmente se tratando da culinária, é uma das mais ricas do país, mas ao mesmo tempo vem trazendo perigos para quem exagera durante o churrasco com amigos ou no chimarrão da tarde. Muitos estudos já comprovaram que a eficácia de uma alimentação saudável, juntamente com atividade física, ajudam e muito no equilíbrio do corpo e da mente. O Japão foi um dos primeiros países a se preocupar com essa situação, implantando estratégias para prevenção de doenças crônico-degenerativas na população idosa.
No Brasil, desde a década de 90, foram regulamentados os alimentos funcionais, chamados assim, por satisfazerem às necessidades nutricionais básicas para o corpo humano, além de desempenhar efeitos fisiológicos benéficos à saúde, como prevenir e auxiliar na recuperação de doenças. Muitos deles são bem comuns dos gaúchos, como a soja, que possui a isoflavonas, substâncias responsáveis por reduzir os níveis de colesterol e diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Em geral, pequenas adaptações nos pratos podem contribuir para uma melhora na alimentação. O tomate orgânico, por exemplo, pode ser servido como salada. Ele possui licopeno, antioxidante que diminui o risco de câncer. Já as frutas podem ser uma ótima opção de sobremesa, pois são ricas em fibras e auxiliam o intestino no seu funcionamento. Existem inúmeras maneiras de adicionar mais saúde no nosso dia-a-dia. A nutricionista funcional e Chef da Escola de Gastronomia Aires Scavone (Egas), Luciane Scavone, afirma que é possível ter uma alimentação saudável e comer com prazer ao mesmo tempo. Os alimentos quando preparados com as técnicas corretas, contribuem com suas funções nutricionais, e cumprem melhor o seu papel, desencadeando efeitos metabólicos.
Para que os produtos ditos funcionais cheguem ao mercado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige que o fabricante apresente provas científicas das propriedades funcionais alegadas na embalagem.
— Mas não se entusiasme demais com os rótulos: um litro de leite com ômega 3, por exemplo, oferece menos desse ácido graxo que uma posta de salmão — afirma Inar de Castro, pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP).
Confira, abaixo, dicas de alimentos funcionais que colaboram para uma alimentação equilibrada e que podem fazer com que seu corpo trabalhe melhor e com muito mais ânimo.
:: Betacaroteno
O que faz: Ajuda a diminuir o risco de câncer.
Como age: Quando ingerimos gorduras e proteínas, o betacaroteno se converte em vitamina A, protegendo as células do envelhecimento.
Onde encontrar: Abóbora, cenoura, mamão, manga, damasco, espinafre, couve.
:: Isoflavonas
O que fazem: Atenuam os sintomas da menopausa.
Como agem: Por ter uma estrutura química semelhante ao estrógeno (hormônio feminino), alivia os efeitos de calor e cansaço da menopausa e da tensão pré-menstrual.
Onde encontrar: Soja e seus derivados.
:: Licopeno
O que faz: Está relacionado à diminuição do risco de câncer de próstata.
Como age: Evita e repara os danos dos radicais livres que alteram o DNA das células e desencadeiam o câncer.
Onde encontrar: Tomate e seus derivados, além de beterraba e pimentão.
:: Ômega 3
O que faz: Diminui o risco de doenças cardiovasculares.
Como age: Reduz os níveis de triglicerídeos e do colesterol total do sangue, sem acumulá-lo nos vaso sanguíneos do coração.
Onde encontrar: Peixes de água fria, como salmão e truta, e óleo de peixes.
:: Flavonoides
O que fazem: Diminuem o risco de câncer e atuam como anti-inflamatórios.
Como agem: Anulam a dioxina, substância altamente tóxica usada em agrotóxicos.
Onde encontrar: Suco natural de uva e vinho tinto, além de alimentos como café, chá verde, chocolate e própolis.
:: Probióticos
O que fazem: São microrganismos vivos que ajudam no equilíbrio da flora intestinal.
Como agem: Impedem que bactérias e outros microrganismos patogênicos se proliferem no intestino.
Onde encontrar: Iogurtes e leite fermentado.
Fonte Zero Hora
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