Pesquisa pode ajudar autoridades a estabelecer limites bem fundamentados para os níveis de fuligem permitidos na atmosfera
Metade de todas as partículas de diesel inaladas fica presa no pulmão humano. É o que revela pesquisa realizada na Universidade de Lund, na Suécia.
Os resultados, publicados no Journal of Aerosol Science, podem ajudar as autoridades públicas a estabelecer limites bem fundamentados para os níveis de fuligem permitidos no ar livre.
A fuligem, derivada do escape de veículos movidos a diesel, fogo de madeira e estações de carvão eléctricas, contém pequenas partículas que ficam na atmosfera, causando danos ao clima e a atmosfera.
Agora, pela primeira vez, os investigadores têm estudado em detalhe como a fuligem fica presa nos pulmões.
A equipe descobriu que metade de todas as partículas de fuligem inaladas fica presa no pulmão humano, em comparação com apenas 20% de outros tipos de partícula de fumaça.
Uma explicação é que a fuligem do diesel é constituída por partículas menores e, portanto, pode penetrar mais profundamente nos pulmões, onde é depositada.
"Resultados deste tipo podem ser extremamente úteis tanto para os investigadores para determinar as doses de fuligem presentes nos pulmões, o montante ao qual estamos expostos e para permitir que autoridades públicas estabeleçam limites para partículas de fuligem presentes no ar livre", afirma a pesquisadora Jenny Rissler.
Rissler ressalta que atualmente não existe limite específico para as partículas de fuligem no ar apesar de ela estar ligada a câncer de pulmão e outras doenças.
A equipe pretende, agora, estudar as variações individuais na deposição pulmonar e na exposição das células à fuligem.
Fonte isaude.net
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