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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Epilepsia

Definição
A epilepsia é um distúrbio cerebral que envolve convulsões espontâneas e repetidas de qualquer tipo. As convulsões ("ataques") são episódios de perturbação da função cerebral que causa alterações na atenção e no comportamento. Elas são causadas por sinais elétricos anormalmente excitados no cérebro.

Nomes alternativos

Epilepsia do lobo temporal; Distúrbio convulsivo

Causas, incidência e fatores de risco



Foto: ADAM
Estruturas cerebrais

As convulsões ("ataques") são episódios de perturbação da função cerebral que causa alterações na atenção e no comportamento. Elas são causadas por sinais elétricos anormalmente excitados no cérebro.
Algumas vezes a convulsão está relacionada a uma condição temporária, como exposição a drogas, abstinência de algumas drogas, febre alta ou níveis anormais de sódio ou glicose no sangue.
Se as convulsões não se repetirem uma vez que tenha sido corrigido o problema subjacente, a pessoa NÃO tem epilepsia.
Em outros casos, danos cerebrais permanentes ou alterações no tecido cerebral podem tornar o cérebro anormalmente excitável. Nesses casos, as convulsões acontecem sem uma causa imediata. Isso é epilepsia. A epilepsia pode afetar pessoas de qualquer idade.
A epilepsia pode ser idiopática, o que significa que a causa não pode ser identificada. Essas convulsões geralmente começam entre os 5 e 20 anos, mas podem acontecer em qualquer idade. As pessoas com essa doença não têm outros problemas neurológicos, mas às vezes têm um histórico familiar de convulsões ou epilepsia.

Algumas das demais causas mais comuns da epilepsia são:
  • AVC ou ataque isquêmico transitório (AIT)
  • Doenças que provocam a deterioração do cérebro
  • Demência, como a doença de Alzheimer
  • Lesão cerebral traumática
  • Infecções (incluindo abscesso cerebral, meningite, encefalite, neurosífilis e AIDS)
  • Problemas presentes antes do nascimento (defeitos cerebrais congênitos)
  • Lesões próximas ao momento do nascimento (nesse caso, as convulsões começam na primeira infância)
  • Insuficiência renal ou insuficiência hepática
  • Doenças metabólicas que as crianças podem ter desde o nascimento (como fenilcetonúria)
  • Tumores ou outras lesões estruturais do cérebro (como hematomas ou vasos sanguíneos anormais)

Sintomas

A gravidade dos sintomas pode variar muito, desde simples ataques de ausência a perda de consciência e convulsões violentas. Para a maioria das pessoas com epilepsia, cada convulsão é similar às anteriores. O tipo de convulsão que uma pessoa tem depende de uma série de fatores, como a parte do cérebro afetada e a causa subjacente da convulsão.
Um sintoma que consiste em uma sensação estranha (como formigamento, sentir um cheiro que na verdade não está presente ou alterações emocionais) ocorre em algumas pessoas antes de cada convulsão.
Para obter uma descrição detalhada dos sintomas associados a um tipo específico de convulsão, consulte:
  • Ataque de ausência (petit mal)
  • Convulsão tônico-clônica generalizada (grand mal)
  • Convulsão parcial (focal)

Exames e testes



Foto: ADAM
Sistema límbico

O exame físico (incluindo um exame neurológico detalhado) pode ser normal ou pode mostrar uma função cerebral anormal relacionada a áreas específicas do cérebro.
As pessoas com epilepsia muitas vezes têm uma atividade elétrica anormal que pode ser vista em um eletroencefalograma (EEG). Um EEG é uma leitura da atividade elétrica do cérebro. Em alguns casos, o exame pode mostrar o local do cérebro onde as convulsões começam. Os EEGs muitas vezes podem ser normais depois de uma convulsão ou entre convulsões; portanto, pode ser necessário realizar um exame mais longo.
Os vários exames de sangue e outros exames para detectar causas temporárias e reversíveis das convulsões podem incluir:
  • Perfil metabólico
  • Hemograma completo
  • Análise do líquido cefalorraquidiano (LCR)
  • Exames de função renal
  • Exames de função hepática
  • Exames para detecção de doenças infecciosas
Os exames para determinar a causa e o local do problema podem incluir:

Tratamento

Se a causa subjacente de convulsões recorrentes (como uma infecção) for identificada e tratada, as convulsões poderão desaparecer. O tratamento pode incluir cirurgia para remover um tumor, um vaso sanguíneo anormal ou com hemorragia, ou outros problemas cerebrais.
Os medicamentos para prevenir as convulsões, chamados de anticonvulsivos, podem reduzir a quantidade de convulsões futuras. Esses medicamentos são orais.
  • O tipo de medicamento depende do tipo de convulsão. A dosagem pode precisar ser ajustada de tempos em tempos.
  • Alguns tipos de convulsões respondem bem a um medicamento e podem responder pouco a outros medicamentos (ou talvez até piorar). Alguns medicamentos necessitam ser monitorados para verificar os efeitos colaterais e os níveis no sangue.
  • É muito importante que você tome sua medicação no horário e na dose correta. A maioria das pessoas que toma essas drogas precisa de checkups e exames de sangue regulares para garantir que esteja recebendo a dosagem correta.
  • Você não deve parar de tomar a medicação nem trocá-la por outra sem consultar seu médico primeiro.
Alguns fatores aumentam o risco de uma convulsão em uma pessoa com epilepsia. Converse com seu médico sobre:
  • Determinados medicamentos com receita
  • Estresse emocional
  • Doenças, principalmente infecções
  • Falta de sono
  • Gravidez
  • Saltar doses dos medicamentos para a epilepsia
  • Uso de álcool ou outras drogas recreativas
A epilepsia que não melhora depois de que duas ou três drogas anticonvulsivas sejam experimentadas é chamada de "epilepsia refratária a medicamentos".
  • Alguns pacientes com esse tipo de epilepsia podem se beneficiar de uma cirurgia cerebral para remover as células anormais do cérebro que provocam as convulsões.
  • Outras podem ser ajudadas por um estimulador do nervo vagal. Trata-se de um dispositivo implantado no peito (similar ao marca-passo do coração). Esse estimulador pode reduzir o número de convulsões, mas raramente as interrompe completamente.
Às vezes, as crianças fazem uma dieta especial para ajudar a prevenir as convulsões. A mais popular delas é a dieta cetogênica. Uma dieta de poucos carboidratos, como a dieta de Atkins, também pode ser útil em alguns adultos.
As pessoas com epilepsia devem usar alguma identificação de alerta médico para que possam receber atendimento médico rápido se tiverem uma convulsão.

Grupos de apoio

O estresse causado pelo fato de ter convulsões (ou ser o cuidador de alguém com convulsões) muitas vezes pode ser minimizado com a participação em um grupo de apoio. Nesses grupos, os membros compartilham experiências e problemas em comum. Além dos grupos que se encontram cara a cara, existem muitos grupos de discussão e fóruns na Internet onde as pessoas com epilepsia podem encontrar apoio.

Evolução(prognóstico)

Algumas pessoas com certos tipos de convulsões podem conseguir reduzir ou interromper completamente os medicamentos anticonvulsivos depois de não ter episódios durante anos. Certos tipos de epilepsia infantil desaparecem ou melhoram com a idade – geralmente no final da adolescência ou depois dos 20 anos.


Foto: ADAM
O sistema nervoso central é formado pelo cérebro e pela medula espinhal

Para algumas pessoas, a epilepsia pode ser uma doença para a vida toda. Nesses casos, as drogas anticonvulsivas necessitam ser continuadas.
A morte ou danos cerebrais permanentes por convulsões são raros. Entretanto, as convulsões que duram por um longo período, ou duas ou mais convulsões que ocorrem com um pequeno intervalo (estado epilético) podem causar danos permanentes. A morte ou os danos cerebrais são quase sempre causados por falta de respiração, o que faz com que o tecido cerebral morra por falta de oxigênio. Existem alguns casos de morte súbita e inexplicável em pacientes com epilepsia.
Poderão ocorrer lesões graves se a pessoa tiver uma convulsão ao dirigir ou operar equipamentos perigosos. Por isso, as pessoas com epilepsia cujas convulsões não estão bem controladas não devem fazer essas atividades.
As pessoas que têm convulsões pouco frequentes podem não ter restrições severas em seu estilo de vida.

Complicações

  • Dificuldade de aprendizado
  • Inalação de líquido, que pode levar à pneumonia por aspiração
  • Lesões por quedas, golpes ou mordidas causados a si mesmo durante a convulsão
  • Lesões por ter uma convulsão ao dirigir ou operar máquinas
  • Muitos medicamentos anticonvulsivos provocam defeitos de nascimento – as mulheres que queiram engravidar devem avisar o médico com antecedência para ajustar a medicação
  • Danos cerebrais permanentes (AVC ou outros danos)
  • Convulsões prolongadas ou várias convulsões sem recuperação total entre elas (estado epilético)
  • Efeitos colaterais dos medicamentos

Ligando para o médico

Ligue para o número local de emergência (como 192) se for a primeira vez que a pessoa tem uma convulsão ou se a convulsão estiver ocorrendo em alguém com um bracelete de identificação médica (com instruções explicando o que fazer).
No caso de alguém que tenha tido convulsões antes, ligue para a emergência em qualquer uma dessas situações:
  • Se for uma convulsão mais longa do que as que a pessoa tem normalmente ou se for um número incomum de convulsões para essa pessoa
  • Se houver repetidas convulsões em poucos minutos
  • Se houver repetidas convulsões e a pessoa não recuperar a consciência ou o comportamento normal depois delas (estado epilético)
Ligue para seu médico se aparecer qualquer sintoma novo, incluindo possíveis efeitos colaterais dos medicamentos (sonolência, inquietação, confusão, sedação ou outros), náuseas/vômitos, erupções, queda de cabelo, tremores ou movimentos anormais ou problemas de coordenação.

Prevenção

De modo geral, não há forma de prevenir a epilepsia. Porém, ter uma dieta e sono adequados e permanecer longe do álcool e das drogas ilícitas pode diminuir a probabilidade de disparar convulsões em pessoas com epilepsia.
Reduza o risco de lesões na cabeça usando capacetes durante atividades arriscadas; isso pode ajudar a diminuir a probabilidade de desenvolver epilepsia.
As pessoas com epilepsia não controlada não devem dirigir. Cada país tem uma lei diferente que determina se as pessoas com um histórico de convulsões têm autorização para dirigir. Se você tiver convulsões não controladas, também deverá evitar atividades nas quais a perda de consciência pode ser muito perigosa, como subir em lugares altos, andar de bicicleta e nadar sozinho.

Fonte iG

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