Depois de 20 anos sem novidades acerca do tratamento da artrose, um medicamento foi descoberto como eficiente nos cuidados da doença. Comprovadamente eficaz para tratar a osteoporose, a substância ranelato de estrôncio mostrou-se benéfica também no controle da artrose, caracterizada pelo desgaste das articulações.
Pesquisa realizada por um consórcio de médicos internacionais — entre eles profissionais do Reino Unido, da Bélgica e da França — constatou que 1.371 pacientes que utilizaram a substância tiveram redução de 27% da lesão causada pela inflamação da cartilagem. De acordo com especialistas, os resultados são animadores para pacientes com acometimento leve da doença e, principalmente, os que têm os joelhos comprometidos.
A artrose é um desgaste articular originado de uma inflamação na cartilagem e chega a atingir 10% da população mundial. De acordo com o ortopedista Itamar Lins, ela é classificada em dois tipos: primária e secundária. A primeira ocorre em maior número nos idosos e é causada por doenças, como a diabetes. Já a secundária surge após fraturas.
Apesar dos resultados positivos, os cientistas afirmam que serão necessários estudos mais conclusivos.
Parceira inseparável
Muitos resistem a usar a bengala, pois acham que a sua imagem está associada à velhice e à incapacidade. Porém, um recente estudo mostrou os benefícios deste acessório de forma objetiva. Ela teve os seus efeitos comprovados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). De acordo com pesquisadores, o uso do acessório faz com que indivíduos com problemas de locomoção, como a artrose, consumam menos anti-inflamatórios, além de melhorar a capacidade de movimentação.
Realizado com 64 pacientes, o estudo mostrou que a bengala diminuiu a sobrecarga na articulação, fazendo com que o esforço se volte para o membro superior e que seja usado sempre ao lado contrário à perna comprometida.
— A bengala tem grande impacto positivo na qualidade de vida — disse o pesquisador Jamil Natour.
Preste atenção
Caracterizada pela perda da densidade óssea, a osteoporose não tem sintomas facilmente identificáveis e é um mal progressivo. Os ossos vão ficando mais porosos e frágeis, quebrando com mais facilidade. As regiões com fraturas mais comuns são a do quadril, da coluna e do punho.
Fonte Zero Hora
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