Empresa rebate acusações de que exagera em substância cancerígena
A Coca-Cola manifestou-se nesta quarta-feira (27) sobre a polêmica do corante caramelo IV em seus produtos, que teria em sua composição 4-metil-imidazol (4-MI), que pode ser cancerígena.
O refrigerante vendido no Brasil tem 263 mg do corante cancerígeno em 350 ml de bebida — ou nove vezes o limite diário permitido de 4-MI, de acordo com um estudo feito pelo Centro de Pesquisa CSPI (Center for Science in the Public Interest), de Washington. Segundo o governo da Califórnia, este limite seria de 39 mg.
No entanto, a Coca disse hoje que o uso do caramelo IV está de acordo com as normas definidas "internacionalmente pela Comissão do Codex Alimentarius, e nacionalmente pela Anvisa. Assim, a quantidade de 4-MI ingerida pelo consumo de refrigerantes não é considerada significativa ou indicativa de risco à saúde humana".
— Em entendimento compartilhado pelas autoridades sanitárias dos EUA (FDA) e da Europa (EFSA), a Anvisa define que uma pessoa adulta teria que consumir diariamente 80 litros de refrigerante que contenha corante caramelo IV para ultrapassar os limites estabelecidos pelos comitês científicos internacionais e pela agência brasileira.
Para dar mais força ao argumento, a Coca diz que o café tem mais 4-MI que seu refrigerante.
— Os níveis de 4-MI encontrados em cafés, por exemplo, são maiores que os obtidos em refrigerantes, segundo a Anvisa. Apesar de os cafés não terem adição de corante caramelo, o 4-MI pode ser formado durante a torrefação dos grãos, bem como em outros alimentos submetidos a aquecimento, inclusive no preparo caseiro.
Fonte R7
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