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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Estratégias na integração de especialidades diagnósticas

Em post, blogueiro mostra como a medicina diagnóstica pode ser uma fonte geradora de informação e contribuir para os processos de gestão do sistema de saúde

Por Gustavo Campana

Habitualmente definimos a Medicina Diagnóstica como a integração de diferentes especialidades focadas na complementação diagnóstica. São elas a Patologia Clínica / Medicina Laboratorial ou Análises Clínicas, a Anatomia Patológica e a Radiologia e diagnóstico por imagem. Estima-se que no Brasil, em 2011, estas especialidades juntas realizaram 1,4 bilhão de exames, sendo as análises clínicas responsáveis por cerca de 81% deste volume, a Anatomia Patológica por 2% e os 17% restantes realizados na Radiologia.

Os serviços diagnósticos contribuem de forma significativa na assistência à saúde, com dados de literatura pontuando que cerca de 70% das decisões clínicas tem como base o resultado de um exame. É significativo destacar que estas especialidades consomem em torno de 11% (EUA) a algo como 20% (Brasil) dos custos do sistema de saúde, com previsões de crescimento desta proporção, visto que uma das tendências apontadas é a atuação diagnóstica no direcionamento terapêutico (Medicina Personalizada).

Em recente post colocamos que a atuação destas especialidades de forma integrada, isto é, como Centros Diagnósticos é uma importante tendência do setor. Vamos, agora, procurar entender quais os principais benefícios desta estratégia de integração.

Inicialmente podemos destacar o conforto gerado ao paciente, pautado no que chamamos de conceito One-stop-shop, isto é, a possibilidade de em uma única visita a um prestador de serviços o paciente encontra e realiza toda sua série de exames, reduzindo seu deslocamento, tempo de ausência no trabalho, dias de jejum e preparos, entre outros.

Ao avaliarmos as distribuições de volume de exames destacadas acima, podemos entender o segundo benefício da integração de forma clara quando comparamos os preços médios de cada uma das especialidades. Se considerarmos os exames de análises clínicas como base, o preço médio dos exames de anatomia patológica é 2,8 vezes maior e, de Radiologia e imagem, 9,4 vezes maior. Temos, portanto, o que chamamos de benefício de escala do maior volume de análises clínicas (com importantes ganhos de produtividade de custos fixos) e o benefício do preço dos testes das outras especialidades, contribuindo para as margens operacionais.

Um importante conceito que está em processo de evolução é a consolidação dos dados gerados por estas especialidades que, geridos de forma integrada e com um objetivo comum focado no diagnóstico rápido e precoce, constroem importantes benefícios ao paciente e ao sistema. Neste aspecto falamos da soma de experiências e conhecimento dos especialistas convergindo em conclusões e laudos únicos e com maior valor agregado na contribuição ao diagnóstico.

Não podemos deixar de citar também a evolução da tecnologia, como por exemplo, a convergência de metodologias moleculares com a geração de imagens em patologias neoplásicas. Esta evolução criou o termo Indústria IV2D, isto é, a Indústria In vitro/vivo Diagnostics.

Assim, podemos dizer que a Medicina Diagnóstica é uma importante fonte geradora de informação, podendo esta contribuir significativamente para os processos de gestão do sistema de saúde.

Fonte SaudeWeb

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