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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Coca-Cola vendida no Brasil contém maior quantidade de substância cancerígena

Pesquisa sugere que as latinhas comercializadas no país têm 267 mcg (microgramas) de 4-metil imidazol por 355 ml de refrigerante

Estudo divulgado pelo Center for Science in the Public Interest (CSPI), nos Estados Unidos, revela que o refrigerante Coca-Cola vendido no Brasil contém a concentração mais alta da substância 4-metil imidazol (4-MI), que, em altas quantidades, pode causar câncer.

Os resultados mostram que as latinhas comercializadas no país têm 267 mcg (microgramas) de 4-MI por 355 ml de refrigerante.

O valor encontrado nas latinhas brasileiras está abaixo do limite da Anvisa, mas é o mais alto entre os países analisados. O Quênia fica em segundo lugar, com 177 mcg de 4-MI por 355 ml, seguido por Canadá (160 mcg), Emirados Árabes Unidos (155 mcg), México (147 mcg), Reino Unido (145 mcg), Estados Unidos (Washington - 144 mcg), Japão (72 mcg) e China (56 mcg).

A substância cancerígena se forma durante a produção industrial do corante caramelo. A Coca-Cola começou a usar um corante caramelo menos tóxico no início deste ano, depois que o Instituto fez o mesmo alerta para a substância em latinhas de refrigerante encontradas no estado.

A Food and Drug Administration EUA (FDA) restringe contaminantes cancerígenos nos alimentos. Se o padrão do FDA fosse aplicado, uma lata de Coca-Cola teria que ter menos de 3 mcg de 4-MI. A Coca-Cola comercializada na Califórnia está prestes a satisfazer esse padrão, mas, na maioria dos outros países, esses níveis são muito superiores.

"Felizmente, as pessoas na China, Japão, Quênia e outros países bebem muito menos refrigerantes do que nós, americanos, assim a exposição a este produto químico perigoso é proporcionalmente menor. Mas agora que sabemos que é possível eliminar quase totalmente esta substância cancerígena dos refrigerantes, não há desculpa para a Coca-Cola e outras empresas não fazerem isso em todo o mundo, e não apenas na Califórnia", afirma o diretor-executivo do CSPI, Michael F. Jacobson.

A empresa se defende
A Coca-Cola Brasil esclarece que o uso de corante caramelo IV em seus produtos observa rigorosamente os critérios definidos internacionalmente pela Comissão do Codex Alimentarius, e nacionalmente pela ANVISA. Assim, a quantidade de 4-MEI ingerida pelo consumo de refrigerantes não é considerada significativa ou indicativa de risco à saúde humana, segundo a agência brasileira, que define que uma pessoa adulta teria que consumir diariamente 80 litros de refrigerante que contenha corante caramelo IV para ultrapassar os limites estabelecidos pelos comitês científicos internacionais.

Fonte isaude.net

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