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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Identificado novo mecanismo responsável pela origem do Parkinson

Pesquisa que contraria teses científicas sugere que disfunção na mitocôndria está por trás do aparecimento da doença

Investigadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, identificaram um novo mecanismo responsável pela origem da doença de Parkinson.

A descoberta contraria algumas teses científicas sobre as causas de uma das patologias neurodegenerativas mais comuns que afeta, segundo os últimos dados, mais de quatro milhões de pessoas em todo o mundo.

Os resultados, publicados na revista Human Molecular Genetics, revelam que a disfunção da mitocôndria, responsável pela produção de energia nas células, é a grande responsável pelo aparecimento da doença.

Os investigadores portugueses demonstraram, pela primeira vez, em estudos com células de doentes de Parkinson, que a deficiência no tráfego intracelular é provocada pela disfunção das mitocôndrias dos doentes.

"Analisamos toda a via celular e verificámos que, na doença de Parkinson, a disfunção mitocondrial é o evento que está na base de uma autofagia deficiente, mecanismo através do qual ocorre a degradação de organelas disfuncionais e de proteínas danificadas, ou seja, acúmulo de lixo biológico ao longo do envelhecimento e que se não for eliminado leva à morte das células", explica a líder da pesquisa, Sandra Morais Cardoso.

Segundo os pesquisadores, a descoberta fornece novas pistas importantes para o desenvolvimento de futuros fármacos capazes de prevenir a interrupção do tráfego e, deste modo, assegurar o transporte intracelular normal, que se processa ao longo de todo o neurônio, desde o núcleo até às terminações sinápticas.

"Notamos que por si só a autofagia não pode ser utilizada como alvo terapêutico após o diagnóstico da doença, sendo assim necessário desenvolver abordagens terapêuticas que simultaneamente promovam a autofagia e restaurem o tráfego celular", destaca Cardoso.

Considerando que o processo autofágico tem duas componentes distintas, assumindo, por um lado, o papel de controle de qualidade das células e, por outro, transformando, durante o jejum prolongado, os elementos da célula em nutrientes para prolongar a preservação do organismo, os investigadores estudaram todo o processo autofágico e verificaram que, na doença de Parkinson, sua ativação pode ser prejudicial.

O próximo passo da equipe é estudar e descobrir como é que a disfunção da mitocôndria leva à desestabilização das autoestradas celulares.

Fonte Minha Vida

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