Entrega de comprimidos para tratamento de 15 dias está sendo feita para que não haja falta do medicamento
A distribuição do antirretroviral Ritonavir está ocorrendo de maneira fracionada na cidade do Rio de Janeiro. Segundo e-mail enviado pela gerente do Programa Municipal de DST/Aids, Lilian de Mello Lauria, para organizações que atuam na área, a entrega de comprimidos com a quantidade suficiente para apenas 15 dias de tratamento está sendo feita para que não haja falta do medicamento.
Lilian explica ainda que a Secretaria Municipal de Saúde acabou de receber um lote emergencial do Ritonavir do Ministério da Saúde, mas que a situação só estará regularizada no dia 23 de agosto, quando o governo federal fizer o repasse mensal ao município.
No Fonaids, grupo em que ativistas e pessoas vivendo com HIV e aids discutem pela internet problemas relacionados à doença, o fracionamento do Ritonavir já traz preocupação. Um paciente que se trata na Fiocruz, na cidade do Rio de Janeiro, contou que recebeu o medicamento apenas para 15 dias. Ele conta também que faz uso do Loperamida, mas que só conseguiu o remédio antidiarreico para dois dias de tratamento.
A distribuição fracionada de medicamentos obriga os pacientes a irem mais vezes a farmácia retirar o produto, o que pode elevar os gastos com transporte e cria um clima de insegurança por parte dos pacientes sobre eventuais faltas do produto.
A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informou que " houve um atraso pontual na entrega do medicamento e que a distribuição fracionada é necessária para que não haja falta do produto na rede" .
Segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, 37 mil comprimidos de Ritonavir foram enviados à cidade do Rio de Janeiro no dia 09 de agosto e mais 25 mil no dia 13 de agosto. Para o estado do Rio, foram 20.100 cápsulas em 10 de agosto. O órgão confirma que o montante é suficiente para que não falte o medicamento até 23 de agosto, quando chegará o lote mensal do Ministério para o estado do Rio.
Além do fracionamento do Ritonavir, o Rio de Janeiro registra problemas de falta de leitos para internação e de remédios para doenças oportunistas relacionadas à aids.
Fonte isaude.net
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