Atualmente, eficácia da medicação é limitada pelas dificuldades de direcionamento das drogas anticâncer para o tumor
Pesquisadores do VIB Laboratory for Systems Biology, em Leuven (Bélgica), confirmaram a hipótese de que a normalização dos vasos sanguíneos, bloqueando o sensor de oxigênio PhD2, pode tornar a quimioterapia mais eficaz. Eles também demonstraram, pela primeira vez, que esta estratégia pode reduzir os efeitos secundários nocivos da medicação sobre os órgãos saudáveis.
A eficácia do tratamento é limitada pelas dificuldades de direcionar as drogas anticâncer para o tumor. Isso porque ele é caracterizado por vasos sanguíneos de forma irregular, com texturas fracas e que se desmancham facilmente. Estes vasos impedem a medicação de atingir células tumorais enquanto estas promovem a metástase. Além disso, os efeitos prejudiciais sobre órgãos saudáveis podem levar à insuficiência cardíaca e renal.
Pesquisas anteriores no mesmo laboratório já haviam mostrado que a redução da atividade do PhD2 resultava em uma vascularização mais simplificada. No novo estudo testado em ratos, os pesquisadores provaram a hipótese de que a racionalização do fluxo sanguíneo com a inibição do sensor pode render tratamentos mais eficazes.
Os vasos sanguíneos foram mais bem formados para garantir que os fármacos fossem distribuídos por todo o tumor, aumentando assim o seu impacto. Isso também permitiu que fossem aplicadas doses menores - uma vantagem significativa na administração de drogas tóxicas. Os investigadores ainda provaram que a inibição do PhD2 resulta na produção de enzimas anti-oxidantes capazes de neutralizar os efeitos secundários nocivos da quimioterapia. Apesar disso, eles explicam que ainda não há inibidores específicos para o sensor disponíveis no momento, ressaltando que ainda há um longo caminho até que pacientes possam se beneficiar do método.
Fonte isaude.net
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