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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

8 dicas para integrar engenharia clínica e TI

Quando conjecturamos as atividades do engenheiro clínico com conhecimentos e práticas em sistemas de informação procuramos contemplar a necessidade de interação entre as áreas, uma vez que os processos destinam-se a promover a efetividade

Inovação, tecnologia e sociedade
A inovação e a tecnologia são partes da mesma realidade em instituições hospitalares e clínicas especializadas. Enquanto uma alcança as reengenharias de processos em projetos audaciosos a outra busca otimizar estas condições. Condições estas que permeiam as necessidades inerentes às instituições na procura de seu diferencial competitivo em suas formas de excelência com resultados de sucesso.

A evolução tecnológica dos equipamentos médicos e o aumento da demanda por TI e comunicação têm se tornado cada vez mais importantes e presentes na estratégia de negócios das instituições de saúde.

Até o fim dos anos 70, a tecnologia da informação (TI) estava restrita às grandes empresas, universidades e filmes de ficção científica. Podemos perceber a efervescência que alimenta os desejos de todos os povos. A interação homem-máquina é cada vez maior e para acompanhar esta evolução é necessário que haja uma compreensão dos alicerces do conhecimento, permitindo as oportunidades que a tecnologia oferece.

Ao longo destas décadas a TI aumentou a participação nas relações humanas, científicas e corporativas. Não obstante, alcançar o alinhamento estratégico de uma instituição da saúde é uma tarefa complexa e exige o apoio de um modelo que permita gerenciar, controlar e monitorar os processos tanto internos quanto externos, cada vez mais importantes nos objetivos do setor.

Antes de continuarmos com as particularidades desta situação é importante ressalvar que a área de tecnologia da informação compreende os campos da ciência da computação, sistemas de informação e engenharia da computação. Desta forma, ampliamos um pouco mais a reflexão e o alcance prático que esta área nos permite. Considerando que, o desenvolvimento de softwares embarcados em dispositivos médicos, e o pensamento sistêmico na gestão de processos com o equilíbrio financeiro apontam para um futuro repleto de alternativas e segurança nas atividades e rotinas diárias dentro das instituições de saúde.

O desenvolvimento humano especializado baseado nas competências dos profissionais de cada área devem definir os processos para a aquisição de dispositivos médicos. Com esta premissa, a sociedade educacional brasileira investiu em suas iniciativas de formação profissional em universidades e centros técnicos vislumbrando um cenário de mudanças marcado por fortes tendências na utilização de alta tecnologia nas áreas da medicina diagnóstica, monitoramento, e dispositivos móveis principalmente. Como referência a estas iniciativas, podemos citar o curso de engenharia biomédica com uma vocação convergente às demandas geradas nesta oportunidade.

A consideração acima alcança uma subárea chamada Engenharia Clínica que atua, também, em estabelecimentos de saúde que desenvolvem atividades baseadas nos conhecimentos de engenharia e de gerenciamento aplicadas às tecnologias de saúde. Este profissional, engenheiro clínico, conforme definição do ministério da saúde atua na gestão de tecnologias médico-assistenciais. No nível micro, diretamente com equipamentos utilizados no atendimento ao paciente. No nível macro a atuação é, por exemplo, no planejamento, definição e execução de políticas e programas para incorporação de tecnologias para a saúde. Estendendo esta formatação, entendemos que este profissional alcança também uma participação mais efetiva no planejamento e desenvolvimento de equipamentos, suas relações de interação homem-máquina, usabilidade e formação continuada, além de ser uma coluna na contribuição aos determinantes de processos regulatórios junto a órgãos de controle e validação de produtos.

Integração
Quando conjecturamos as atividades do engenheiro clinico com conhecimentos e práticas em sistemas de informação, procuramos contemplar a necessidade de interação entre as áreas, uma vez que os processos de controle e planejamento envolvem decisões e ações destinadas a promover a efetividade, conforme a citação do ministério da saúde, em resultados obtidos versus esperados e segurança baseada na relação risco versus benefício do uso das tecnologias que está condicionado por uma série de recursos, dentre eles os respectivos equipamentos e acessórios; recursos humanos e sua capacitação; infraestrutura, suporte técnico, insumos e informações para realimentação do processo. Este é, a priori, um vetor de responsabilidades e que contemplam a gestão da tecnologia nas instituições da saúde, com métricas e monitoramento em tempo real de todas as atividades e processos internos e externos à organização.

A área de TI significa hoje uma contingência estratégica em todos os setores da sociedade, logo não poderia ser diferente em saúde. Com esta preocupação, esses profissionais da engenharia clínica com conhecimentos híbridos deverão ocupar cargos de decisão nestas instituições, com visão sistêmica do processo assistencial da saúde para a tomada de decisão e planejamento de risco com oportunidades. Os níveis de abrangência desta atividade alcançam: hospitais, clínicas ou postos de saúde, indústrias (processo produtivo) e comércio (propaganda, treinamento, suporte pós-venda, assistência técnica), enquanto o nível macro refere-se aos órgãos de fins regulatórios (Anvisa / Tecnovigilância); normativos (ABNT); resolutivos (MS, CNS, SES, órgãos de classe profissionais), ou financiadores (SUS, saúde suplementar, etc.), além de planejamento de produtos para as indústrias fundamentando inovação e tecnologia.

A longevidade, proveniente destes avanços, requer uma sociedade preparada para esta nova forma de pensar e agir, pois surge a necessidade de estabelecer norteadores e indicadores que sejam suficientes para consolidar a sustentabilidade neste processo. A evolução tecnológica dos equipamentos médicos se vê na telemedicina e robótica, nas simulações computacionais de órteses e próteses, em implantes com inteligências e modelos computacionais para o domínio cognitivo humano. São muitas as contribuições destas ciências na área da tecnologia da informação.

Entender como a tecnologia pode estar a serviço das organizações e dos gestores neste cenário significa planejar novas formas de competências dos profissionais de cada área na definição de processos para a aquisição de dispositivos móveis ou não, mas com incrementos de inteligência computacional. Desta forma, um pouco mais orientado deve ser o vetor que determina como deve ser feita a transição para a integração do negócio no hospital e em clínicas do setor público e privado. Sustentar-se de forma planejada, pois o que facilita a vida dos profissionais é ter algo que atenda a necessidade deles e não soluções altamente complexas que dificultam as suas tomadas de decisão.

Principais pontos que devem ser abordados por gestores para que a integração seja bem sucedida:
 
1. O Planejamento como Estratégia de Processo;
 
2. A Gestão de Processos, Pessoas e Tecnologias;
 
3. Ambientes Conexionistas: Tecnologia e Ser Humano;
 
4. Tecnologia da Informação: Área Mediadora e Inovadora;
 
5. Usabilidade: Obstáculos de Aprendizagem e Ausência de Processos;
 
6. Tecnologia e Sociedade: A Tecnologia da Informação e Engenharia Clínica;
 
7. Gestão e Controle na Utilização de Sistemas de Informação em Processos;
 
8. Estratégia e Gestão: Visão Sistêmica do Processo Assistencial da Saúde.
 
Fonte SaudeWeb

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