Dispositivos móveis de saúde que monitoram sinais vitais se tornarão mais corriqueiros, movimentando no mercado US$6 bilhões até 2016, afirma a IMS Research
Dispositivos móveis de saúde que rastreiam os sinais vitais estão prontos para decolarem, previu o IMS Research. Segundo o relatório em tecnologia usável, que inclui dispositivos como monitores cardíacos e de glicose, o mercado valia US$2 bilhões em 2011 e chegará a US$6 bilhões até 2016. Em 2011 foram lançados 14 milhões de dispositivos, espera-se que esse número atinja 171 milhões em 2016.
O relatório World Market for Wearable Technology–A Quantitative Market Assessment–2012 (Mercado Mundial para Tecnologia Usável – Uma avaliação quantitativa do mercado – 2012), examina dispositivos eletrônicos como produtos que são usados por usuários por um extenso período de tempo e que contêm circuitos avançados, conectividade sem fio e podem processar dados.
Segundo o relatório, ocorrerão inúmeras mudanças no mercado durante os próximos quatro anos que aumentarão a demanda para esses produtos, tanto entre pacientes quanto entre indivíduos saudáveis. Conforme as pessoas ficam mais velhas, elas se tornam o alvo principal para o mercado de dispositivos de saúde, como medidores de pressão sanguínea e de glicose, que passam as informações aos seus cuidadores.
Os pesquisadores também descobriram que em 2011, os glicosímetros contaram com grande parte da receita do segmento do mercado, refletindo a necessidade do uso contínuo desses aparelhos para a medição de níveis de glicose, particularmente em pacientes com o diabetes do Tipo I. Nessa categoria, o domínio é dos monitores da Abbott e da Medtronic.
Monitores de atividades da Fitbit, Adidas miCoach e Nike Fuelband, também são populares entre os consumidores, bem como os monitores de exercícios e ritmo cardíaco, como os da Garmin, Polar e Suunto.
A tecnologia usável ajuda os médicos a trabalharem de forma mais eficiente e estenderem o cuidado, indo além do ambiente hospitalar. Quando médicos conseguem coletar informações de pacientes a qualquer hora e em qualquer lugar, o aumento do conhecimento leva à melhor detecção de problemas, prevenção da readmissão e resulta em melhores desdobramentos clínicos, afirmou Theo Ahadome, analista sênior da IMS Research.
“Isso baixará o custo do cuidado com a saúde a logo termo. Entretanto, esses benefícios precisarão ser comprovados para fornecedores de saúde adotá-los e para que os pagadores paguem por eles”, prevê Ahadome.
Outra consideração é o dilúvio de dados que esses dispositivos geram. Para pagadores e fornecedores, apesar de darem ótimas informações sobre a condição médica do paciente, mais dados significam mais risco de violação de dados e mais responsabilidade para implementar controle mais rígidos de acesso e segurança.
Além disso, Ahadome prevê uma mudança no fluxo de trabalho clínico conforme os fornecedores tentarem se ajustar a essa nova maneira de rastreio da saúde do paciente.
“Os médicos precisam que esses dados sejam integrados aos seus sistemas e terão que mudar seu fluxo de trabalho para aceitar e usar esses dados. Haverá resistência de médicos que estão acostumados com visitas padrão à pacientes. A longo prazo, quando esses problemas estiverem sanados, teremos grande competição nos mercados hospitalares e pagadores conforme os pacientes começarem a buscar organizações de saúde que possuam esses tipos de sistema que incorporam a tecnologia usável”, finalizou Ahadome.
Fonte: Nicole Lewis | InformationWeek
Tradução: Alba Milena, especial para o Saúde Web
Por SaudeWeb
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