Novos modelos de remuneração, programa Qualiss, versão 3.0 da TISS, uma série tranformações vêm ocorrendo no mercado de Saúde Suplementar, capitaneadas pela ANS. Segundo especialista, os prestadores precisam conhecê-las
Profundas mudanças vêm ocorrendo no mercado de Saúde Suplementar, capitaneadas pela ANS (Agencia Nacional de Saúde), com impactos importantes no setor como um todo, e em particular para os prestadores de serviços médico-hospitalares. Grande parte delas, ainda por acontecer em curto espaço de tempo, requer dos dirigentes dos hospitais e clínicas conhecimento e iniciativa, para não só minimizar os efeitos negativos impostos pelas mesmas, como também para fazer valer os benefícios oriundos de tais transformações.
A Resolução nº 3 da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) já vem fazendo grandes estragos naquelas instituições menos atentas ao que ficou estabelecido no documento assinado pelas entidades representativas da Saúde Suplementar, denominado ORIENTAÇÃO GERAL PARA ATENDIMENTO À RESOLUÇÃO CMED 3 E À RESOLUÇÃO NORMATIVA 241 DA ANS, assunto este que vem sendo amplamente discutido e divulgado pelas entidades representativas do setor.
Os NOVOS MODELOS DE REMUNERAÇÃO, em fase de estudo na ANS, têm como premissa a remuneração efetiva das instituições pelos serviços prestados, representados pelas tabelas de Taxas e Diárias, embora estas pouco representem no mix de receita dos prestadores de serviços, atualmente concentrado nos insumos (materiais e medicamentos), seja pela falta de realinhamento de preços ao longo dos anos, seja pela falta de dados de custos que as dimensione corretamente. Conforme abordei em publicação na REVISTA DIAGNÓSTICO (ANO III, Nº 8, NOV/DEZ 2010), ‘’Tais iniciativas, aliadas à tendência de padronização dos pacotes como forma de cobrança, demonstram a necessidade urgente em evoluir protocolos de atendimento e cuidar do custo e da eficiência dentro da cadeia de valor”.
O programa denominado QUALISS tem como eixos efetividade, eficiência, equidade, acesso, centralidade no paciente e segurança. O referido programa altera o foco do preço para a qualidade do serviço prestado pelos estabelecimentos de saúde. Através do mesmo, a ANS avaliará o desempenho e os resultados assistenciais na saúde suplementar mediante indicadores, proporcionando elementos focados em qualidade ao poder público e consumidores, assim como ferramentas e métodos às instituições de saúde para gestão da qualidade.
A TISS/TUSS, em estado de evolução constante no caminho da padronização e interoperabilidade das informações, traz, cada vez mais, avanços importantes em termos de controle nas operações entre prestadores e operadoras de planos de saúde. A versão 3.0 da TISS trará, entre os diversos benefícios, a possibilidade de rastreabilidade das guias de cobrança, sonho este dos prestadores de serviços desde o início da implantação da TISS.
Sem dúvida os obstáculos a serem vencidos e desafios são muitos!
*Com o objetivo de promover a troca de informações e o debate sobre tais assuntos, a AHSEB, FEBASE e SINDHOSBA proporcionarão aos diretores e gestores das instituições médico-hospitalares, durante o Fórum Nordeste de Gestão em Saúde, um momento especial no dia 14/09/2012, sobre “As Novas mudanças na Relação entre Prestadores de Serviços e Operadoras de Planos de Saúde” e contará com a presença de representantes da Confederação Nacional de Saúde (CNS), da Agencia Nacional de Saúde (ANS) e dos Hospitais e líderes do setor.
**Maisa Domenech: Engenheira Civil, pós-graduada em Administração–Hospitalar, consultora da ADM Consultoria em Gestão em Saúde, representante técnica da FEBASE no DSS da Confederação Nacional de
Saúde- CNS.
Fonte SaudeWeb
Nenhum comentário:
Postar um comentário