Para vender remédios de tarja vermelha, como anticoncepcionais e anti-inflamatórios, os farmacêuticos do Rio de Janeiro devem cobrar e analisar a receita médica.
É o que orienta uma deliberação do Conselho Regional de Farmácia do Rio publicada ontem. A norma pretende reforçar a aplicação de leis em vigor, mas abandonadas.
Com isso, o conselho segue a mesma linha que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) quer adotar, conforme informou a Folha.
A Anvisa marcou uma audiência pública para o fim deste mês com a meta de colher subsídios para a exigência da receita nesses casos.
Segundo a deliberação do Rio, o farmacêutico deve exibir em local visível cartaz sobre a obrigatoriedade de apresentação da prescrição.
A receita deve ser avaliada pelo profissional, que considerará se a dosagem cumpre os limites farmacológicos previstos e se há problemas nela --neste caso, deve-se procurar o médico prescritor.
Essas regras, orienta o conselho, devem ser cumpridas pelo menos na venda de anti-hipertensivos, remédios para diabetes ou com margem terapêutica estreita --em que doses maiores que o recomendado representam risco para o paciente.
Paulo Oracy Azeredo, presidente do conselho do Rio, afirma que será feita fiscalização para verificar a prática. A expectativa, diz, é que haja uma mudança nos hábitos em até dois anos.
Em São Paulo, os farmacêuticos receberam, em junho, uma carta que reforçava a necessidade da receita.
Mas o farmacêutico sozinho não consegue fazer a mudança, alerta Pedro Eduardo Menegasso, presidente do Conselho Regional de Farmácia paulista.
Ele defende uma ação combinada entre governo, conselhos e farmácias.
Para minimizar o impacto nos pacientes e sistemas de saúde, a Anvisa analisa estender a validade das receitas de alguns medicamentos para seis meses ou um ano, diz o diretor-presidente do órgão, Dirceu Barbano.
Fonte Folhaonline
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