Associação Paulista de Medicina diz que ato quer chamar a atenção da sociedade para o tratamento dispensado pelas empresas aos médico e pacientes
Os médicos vão suspender o atendimento eletivo aos usuários de planos de saúde em todo o Estado de São Paulo nesta quinta-feira (06). Segundo o presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Florisval Meinão, o ato pretende chamar a atenção da sociedade para o tratamento dispensado pelas empresas aos profissionais credenciados e consequentemente aos pacientes.
“Nos últimos dez anos, essas empresas sub-reajustaram os honorários muito aquém da inflação e dos reajustes aplicados aos usuários,” disse.
Serão suspensas as consultas, os exames e cirurgias marcadas. As emergências e urgências serão atendidas, conforme orientação dada aos profissionais. “Nós estamos recomendando aos médicos que, mesmo aqueles casos que não sejam urgências mas que um retardo no atendimento possa agravar a condição de saúde das pessoas, façam o atendimento. Nosso interesse é preservar ao máximo o usuário e protestar contra o tratamento dispensado pelas empresas de plano de saúde.”
Apesar da associação anunciar a paralisação, muitos médicos não devem aderir ao protesto. O recomendável é que os pacientes que tenham consultas marcadas para esta quinta-feira confirmem com médicos e laboratórios.
Após anunciarem o protesto, cerca de 90 profissionais saíram em passeata até a Câmara Municipal de Vereadores para entrega de documento com as reivindicações da categoria e pedir apoio aos vereadores.
O presidente da APM ainda apresentou o balanço das queixas recebidas nos 15 primeiros dias de funcionamento do SOS Pacientes Planos de Saúde APM/Proteste, que oferece à população o telefone 0800-200-4200 para registrar, gratuitamente, reclamações de problemas com operadoras de saúde.
"Recebemos mais de 420 queixas relativas principalmente a demora no atendimento e negativas dos planos, confirmando o cenário apresentado na pesquisa APM/Datafolha com os usuários. Essas dificuldades têm levado muitas pessoas a recorrer ao SUS ou a atendimento particular”, disse Meinão
Fonte iG
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