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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Bactéria pode estar por trás de 90% das gastrites crônicas

H. pylori
Classificada, em 1994, pela Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC) como uma bactéria cancerígena, a Helicobacter pylori aumenta em até nove vezes o risco de um câncer de estômago e está presente em 90% dos pacientes com gastrite crônica.

Visando avaliar a importância do tratamento capaz de impedir a progressão de tal bactéria até provocar a doença, um estudo do Programa de Pós-Graduação em Genética do Unesp de São José do Rio Preto tem pesquisado pacientes infectados pela bactéria e submetidos a terapia padrão com antibióticos e anti-inflamatórios e analisado como cada paciente reage ao tratamento.

O objetivo é verificar se houve eliminação da bactéria e se a expressão de genes da mucosa gástrica que participam do processo inflamatório e crescimento das células voltam ao mesmo estado em que estavam antes da contaminação.

Iniciada em 2010, a pesquisa é realizada pela doutoranda Aline Cristina Targa Cadamuro, sob a orientação da geneticista Ana Elizabete Silva, do Departamento de Biologia do Instituto. O estudo tem a parceria do Hospital de Base (HB) de Rio Preto e AME (Ambulatório por Médico de Especialidades). A análise está sendo feita por meio de biópsias recolhidas em endoscopias de sessenta pacientes infectados.

– A resposta inflamatória que a bactéria Helicobacter pylori causa é uma defesa do organismo para combater o microorganismo. Mas, se houver anos de infecção pela bactéria sem tratamento, as células normais do estômago sofrem lesões, causando gastrite e outras doenças do estômago – afirma Ana.

Inflamação provoca várias lesões até virar câncer

Antes de se tornar um câncer, a inflamação provoca vários tipos de lesões, por múltiplas fases, começando pela gastrite crônica, progredindo para uma atrofia das glândulas do estômago (perda das células normais) e passando por lesões pré-cancerosas.

– Tal progressão pode durar anos e é influenciada por fatores genéticos, pelas características da bactéria, por hábitos alimentares e por fatores de risco, como o fumo e o álcool – completa a doutoranda Aline.

As pesquisadoras notaram que, em alguns pacientes, o tratamento não é eficiente na erradicação da bactéria e, em outros casos, que o paciente sofre recontaminação por pessoas próximas da família, por exemplo:

– O tratamento busca, além de eliminar a bactéria, reverter as lesões causadas por ela e evitar que a inflamação progrida para um câncer. Mas, em alguns casos, o organismo do paciente não responde efetivamente à terapia – explica Aline.

A doutoranda, que já apresentou resultados do trabalho em congressos de Genética na Inglaterra e no Brasil, diz que os - por: resultados poderão ajudar na realização de mudanças para melhorar o tratamento. “Para isso, precisamos entender a variabilidade genética dos pacientes e da bactéria e quais genes são importantes na inflamação e progressão da doença”, afirma Ana.

– As respostas a essas questões trazem possibilidades futuras de terapias mais efetivas dessas lesões e prevenção da progressão ao câncer gástrico pela bactéria – avalia Aline.

Fonte Blog do Vida

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