A hipertensão na gravidez, ou pré-eclampsia, é a primeira causa de morte materna durante a gestação. É uma doença importante que pode também causar a morte do bebê.
“A hipertensão gestacional pode lesar alguns órgãos [da mãe] como os rins, fígado e cérebro durante a gestação”, explica o ginecologista Eduardo Augusto, da SOGESP. “É importante lembrar que a hipertensão nunca é do bebê, é uma doença específica da mãe que não passa para o bebê”, lembra.
Apesar de não “passar” para o feto, a hipertensão afeta o crescimento adequado do bebê, já que nestes casos ele recebe menos oxigênio.
Como evitar?
A ginecologista e obstetra Rossana Francisco, também da SOGESP, explica que a melhor forma de evitar a pré-eclampsia começa antes da gestação, com o controle de peso. “É o ideal, para que a mulher engravide em uma situação boa. Depois é controlar o ganho de peso durante a gestação”, diz.
Ingerir menos sal – algo que deveria ser hábito de todos, não apenas das gestantes – também é uma forma de prevenir a hipertensão gestacional. “Caso não faça parte do hábito da mulher antes da gestação é importante que haja este controle durante a gravidez”, diz.
Existe tratamento?
Tanto Eduardo como Rossana concordam que o melhor para a gestante é fazer um bom pré-natal. “Assim o obstetra pode ficar atento e investigar, principalmente nos casos onde haja risco.”
Mas, caso a hipertensão seja diagnosticada durante o pré-natal, é possível controlar a condição não apenas com dieta, mas também medicamentos. “Entre as medicações que podem ser usadas em gestantes com este risco, as mais comuns são o AS (aspirina) e o suplemento de cálcio”, diz Eduardo.
“Devido ao alto índice de mortalidade, a hipertensão gestacional é uma doença a ser pesquisada e o médico deve estar atento ao diagnóstico”, conclui.
Fonte O que eu tenho
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