Temperatura e umidade devem ser levadas em conta para o calendário da vacina contra o vírus
Pesquisa de José Cerbino, coordenador de Programas e Projetos da Fundação Oswaldo Cruz em Brasília, aponta que variáveis regionais como temperatura e umidade devem ser levadas em conta para o calendário da vacina contra o vírus da gripe suína.
Enquanto no Sul e Sudeste a mortalidade foi mais alta nos meses de inverno de 2009 e 2010, nas Regiões Norte e Nordeste o pico da doença aconteceu nos meses de janeiro e fevereiro. A vacina começa a ser fornecida nos postos em maio, para crianças de até 2 anos, idosos, grávidas e portadores de doenças crônicas.
Há diferença na epidemiologia nas diferentes regiões. Em momentos diferentes, há um aumento da atividade do vírus nas regiões. Sul e Sudeste têm sazonalidade clara no período do inverno, o que é esperado para a zona temperada. Nas zonas tropical e subtropical, como Norte e Nordeste, há poucos dados no mundo todo.
— Os dados de notificação mostram que o pico ocorre no início do ano. As pessoas são vacinadas em maio, depois do pico.
A proposta esbarra num problema técnico, diz o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. A vacina contra a gripe suína é feita para uso imediato, com base na identificação da cepa do vírus que está circulando com mais intensidade.
Ele explica que a variedade do vírus é divulgada em setembro pela Organização Mundial de Saúde e a vacina começa a ser produzida em outubro. Ela é testada, distribuída e começa a chegar ao País em março ou abril.
— Mesmo que a gente pensasse em antecipar a vacinação para o Norte e Nordeste, além de a vantagem não estar demonstrada, há esse problema técnico.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte R7
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