Brasília – No Dia do Dentista, comemorado na quinta-feira (25) da próxima
semana, o atendimento médico a quem tem plano odontológico não será feito em
todo o país, disse ontem(17) o presidente do Sindicato dos Odontologistas de
Minas Gerais (Somge), Luciano Eloi Santos.
A terceira paralisação nacional de
enfrentamento aos convênios, que tem o apoio da Associação Brasileira de
Odontologia, de acordo com Santos, é um protesto contra a “exploração abusiva
dos planos odontológicos”.
O anúncio foi feito em audiência
pública aberta na Câmara dos Deputados para discutir os principais problemas
entre os dentistas e operadores de planos de saúde, principalmente sobre a
tabela de honorários e as exigência de exames radiográficos para pacientes.
“Expor o paciente e o profissional
[aos exames radiográficos] é um absurdo. O paciente vai fazer uma restauração e
o plano exige que faça um raio X antes e um depois para confirmar o
procedimento”, disse.
O valor pago por procedimento foi
outra queixa da categoria. José Carrijo Bron, representante da Federação
Interestadual dos Odontologistas, disse que planos odontológicos estão sendo
oferecidos até como brindes. “O que se recebe não remunera nem o custo
operacional”, declarou Bron, acrescentando que há planos que pagam R$ 12, R$ 10,
e até menos por alguns procedimentos, e que ainda postergam artificialmente o
pagamento.
A Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) reconhece que há “um desequilíbrio grande” na relação entre os
dentistas e os planos. Bruno Sobral de Carvalho, diretor de Desenvolvimento
Setorial da ANS, sugere que o problema seja sanado com contratos “claros e
objetivos” que estabeleçam cláusulas de reajuste baseadas em índices de
conhecimento público. “A grande maioria dos contratos não é clara e nem objetiva
[quanto às cláusulas de reajuste], preveem apenas a negociação das partes”,
declarou.
Carvalho anunciou que no fim deste
ano, a ANS vai publicar uma cartilha com os direitos e deveres dos prestadores
de serviços de planos de saúde odontológicos. O diretor disse ainda que a
agência vai estudar novas formas de sanção “mais efetivas do que multas” e novas
regras de credenciamento e descredenciamento, para que este processo seja mais
claro para os beneficiários.
Fonte Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário