No Brasil, são realizadas mais de 1900 cirurgias plásticas todos os dias. Implante de silicone, lipoaspiração, rinoplastia, otoplastia e lipoescultura estão entre os procedimentos mais pedidos pelos pacientes. De acordo com o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco, existem diversas motivações que encorajam homens e mulheres a passar pelo bisturi. “A principal é, sem dúvida, o desejo de se sentir bem com a sua aparência. A plástica tem a capacidade de promover mudanças externas que se refletem no interior das pessoas”, afirma o médico.
A insatisfação com alguma parte do corpo é o primeiro passo para pensar na possibilidade de se submeter a uma cirurgia plástica. Outro fator que contribui para a decisão é a limitação física – em alguns casos, a prática de exercícios físicos não é suficiente para deixar mais visível determinado grupo muscular ou queimar aquela gordurinha indesejada. “A alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos é fundamental antes e depois da plástica. As operações não visam o emagrecimento, a perda de peso é consequência da redução da gordura corporal para equilíbrio da silhueta”, explica.
As intervenções cirúrgicas, com finalidade reparadora ou estética, podem trazer diversos benefícios quando são motivadas por fatores concretos e não apenas por questões emocionais. Afinal, a plástica não tem o poder de reatar um casamento, acabar com uma frustração amorosa ou resolver problemas psicológicos. “Algumas pessoas tem distorção da sua própria imagem, como ocorre em indivíduos diagnosticados com anorexia e bulimia. Outras pensam que mudar o corpo irá resolver os problemas da vida ou trazer recompensas como uma promoção no trabalho“, ressalta.
Pacheco destaca que pacientes com falsas motivações são os mais propícios a ficarem insatisfeitos com o resultado da cirurgia, já que ela não é capaz de suprir as suas expectativas. Para evitar este tipo de situação, o cirurgião deve conversar de maneira clara e objetiva durante as consultas pré-operatórias. “O médico precisa ser sensível e identificar as razões reais pelas quais o paciente tomou esta decisão. É normal querer se sentir mais bonito e com auto-estima elevada, o perigo está quando a operação é vista como uma mágica para resolver questões que fogem do seu alcance”, observa.
O cirurgião também deve esclarecer todas as dúvidas do paciente, explicar o procedimento detalhadamente e enfatizar as limitações técnicas e físicas do organismo. O profissional ainda deve perceber se o indivíduo está passando por alguma transformação importante na sua vida pessoal ou profissional. “Não é recomendado se submeter à cirurgia plástica em um momento conturbado, no qual o período de recuperação poderá ser atropelado por outros acontecimentos. O corpo precisa de tranquilidade para se recuperar e apresentar bons resultados”, declara.
Fonte Corposaun
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