O avanço da população de idosos no Brasil tem contribuido para aumentar a procura pela especialidade médica nos consultórios que atende essa faixa da população. Mas afinal, a partir de qual idade recomenda-se a consulta com um médico geriatra?
De acordo com José Carlos Vilela, geriatra do Hospital e Maternidade São Camilo, o ideal é que homens e mulheres realizem a primeira consulta com um geriatra a partir dos 45 anos.
“A frequência das consultas deve ser anual se não houver nenhuma patologia. Já a partir dos 60 anos, as visitas devem acontecer duas vezes ao ano, para a prevenção. Se detectarmos alguma doença, aí sim as visitas devem ser mais constantes, dependendo do tratamento”, explica o médico.
O geriatra tem por objetivo auxiliar no envelhecimento com saúde, ou seja, seu principal foco é o diagnóstico precoce e a prevenção de doenças. Para tanto, o médico investiga a história patológica pregressa do paciente, avalia os riscos de desenvolvimento de patologias familiares, presta orientações sobre atividades físicas, hábitos alimentares e sobre a interação medicamentosa a qual o idoso normalmente está exposto.
Neste caso, o objetivo é reduzir a posologia, evitando assim a chamada farmacopeia, muito comum entre os idosos, que consiste nos vários tratamentos impostos por outros especialistas e que, por vezes, acabam gerando efeitos colaterais demasiados no paciente. “O paciente acaba evoluindo para um quadro confusional induzido por drogas, decorrente das várias medicações receitadas por outros especialistas. Trata-se de um achado muito frequente e subdiagnosticado”, conta.
Ainda de acordo com Vilela, as queixas mais comuns verificadas nas consultas são relativas aos transtornos de memória e humor, normalmente associadas ao início da depressão.
“A depressão é complicada, porque não apresenta sintomas específicos. Afeta o campo cognitivo e se não tratada a tempo, pode evoluir para um quadro que simula a demência”, afirma.
Para o médico do Hospital e Maternidade São Camilo, envelhecer com saúde depende, antes de tudo, de atitude para manter-se ativo e de bem com a vida. “É preciso ter uma boa alimentação, manter o bom humor e bons hábitos de vida, praticar atividade física, ler, trabalhar e ter uma relação familiar saudável. Estes fatores fazem a diferença”, recomenda Vilela.
Fonte O que eu tenho
Nenhum comentário:
Postar um comentário