Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

RS é um dos quatro Estados que terão campanha para redução do sal na alimentação

Sódio está diretamente relacionado ao desenvolvimento de hipertensão, doenças cardiovasculares e doenças renais
 
A trilha sonora dos supermercados gaúchos será interrompida para a veiculação de spots alertando para os riscos do consumo excessivo de sal. Cartazes também serão espalhados pelos estabelecimentos e folderes serão distribuídos aos clientes em campanha para a redução do sódio na alimentação.
 
O Rio Grande do Sul está entre os quatro Estados escolhidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar início à campanha nacional de conscientização para a redução do consumo de sódio. Paraná, Pará e Espírito Santo são os outros três.
 
A campanha reforça as estratégias para a redução do consumo de sódio pela população brasileira e se alia ao compromisso assinado entre o Ministério da Saúde e as indústrias de alimentação para a redução gradual da quantidade de sódio nos alimentos processados.
 
Brasileiros consomem mais que o dobro de sal recomendado
Estimativas demonstram que a população brasileira consome cerca de 12 gramas de sal por dia, mais do que o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de até 5 gramas diárias. Cerca de 40% da composição do sal é sódio, considerado um nutriente de preocupação de saúde pública por estar diretamente relacionado ao desenvolvimento de hipertensão, doenças cardiovasculares e doenças renais.
 
De acordo com a OMS, em 2001, 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo foi resultado de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, o aumento da pressão arterial no mundo é o principal fator de risco de morte e o segundo de incapacidades por doenças cardíacas, acidente cérebro vascular e insuficiência renal.
 
Já dados do IBGE indicam que, em 2009, uma em cada três crianças brasileiras na faixa de cinco a nove anos estava com sobrepeso, sendo que a obesidade atingiu 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas. Durante o período de 1974 a 2009, a prevalência de sobrepeso em crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos, passou de 3,7% para 21,7% no sexo masculino e de 7,6% para 19,4% no sexo feminino. Nesse mesmo período, o sobrepeso na população adulta masculina passou de 18,5% para 50,1%, enquanto que na feminina foi de 28,7% para 48%.
 
Em termos de custos ao Sistema Único de Saúde, no período de 2001 a 2010 houve aumento de 63% dos gastos em internações associadas à hipertensão (desconsiderando o ônus com perda da qualidade de vida, não mensuráveis). Internações por acidentes vasculares cerebrais, infarto do miocárdio e outras doenças isquêmicas oneraram o sistema de saúde brasileiro em quase U$20 milhões no ano de 2010.
 
Queijo parmesão e macarrão instantâneo são campeões em teor de sódio
Pesquisa divulgada na terça-feira pela Anvisa mostra que os campeões em alto teor de sódio são o queijo parmesão ralado, o macarrão instantâneo, os embutidos e o biscoito de polvilho.
 
O queijo parmesão ralado lidera o ranking, com teor médio de 1.981 miligramas de sódio por 100 gramas do produto. Nas colocações seguintes, aparecem o macarrão instantâneo e a mortadela. O biscoito de polvilho tem quantidade média de 1.092 miligramas do ingrediente para cada 100 gramas.
 
Ao todo, foram analisados 496 produtos de 26 categorias de alimentos. Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), que responde por 70% do setor, informou que não teve acesso aos resultados do monitoramento do conteúdo de sódio nos alimentos processados no período 2010-2011.

"No que diz respeito especificamente à redução de sódio, foram estabelecidas pelo Ministério da Saúde e Abia, até o momento, metas de redução para nove categorias de alimentos, que devem resultar na retirada de mais de 20 mil toneladas de sódio dos produtos até 2020," disse a associação.
 
Fonte Zero Hora

Nenhum comentário:

Postar um comentário