Espermograma, DNA do espermatozoide e exames imunológicos são alguns dos testes
O homem deve ser submetido a uma série de exames para investigar as causas da
infertilidade, como também detectar outros problemas de saúde, incluindo
mutações genéticas.
De acordo com o ginecologista Joji Ueno, responsável pelo setor de
Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e diretor na Clínica Gera,
a infertilidade masculina não significa a impossibilidade definitiva de ter
filhos, pois um diagnóstico bem feito pode tratar e superar essa
dificuldade.
— Para obter um diagnóstico preciso é necessário começar pelo levantamento
histórico para verificar se o casal mantém relações sexuais regularmente. Logo
após, é iniciada uma investigação para identificar se existe algum problema que
esteja atrapalhando a gravidez, como a dificuldade de ereção para ejacular. É
feito um espermograma, com o intuito de determinar a quantidade e a qualidade
dos espermatozoides ejaculados — explica o ginecologista.
Após um ano de relacionamento sexual, sem utilizar nenhum método para evitar
a gestação, se ela não ocorrer, o casal deve procurar um especialista.
— O casal será examinado com o intuito de investigar quais são as causas que
podem estar dificultando a concepção. Ambos podem apresentar algum problema, ou
só um dos dois — diz Ueno.
Antes de iniciar qualquer exame, o paciente deve fazer um exame físico
rigoroso e completo. Devem ser pedidos também exames auxiliares de diagnóstico
para complementar o histórico clínico do paciente. Esse procedimento é
obrigatório e devem ser realizados antes de começar qualquer tipo de
tratamento.
Conheça alguns dos testes feitos para identificar a infertilidade
masculina:
Espermograma
Essa avaliação consiste em identificar a qualidade e a quantidade dos
espermatozoides. Ela é realizada em locais especializados para não comprometer a
conduta terapêutica. A contagem do número de espermatozoides e a avaliação da
motilidade são realizadas no microscópio, com auxilio de câmaras especiais.
Para realizar essa bateria de testes, o médico solicita a abstenção da
atividade sexual por um período de 48 a 72 horas. A colheita é feita geralmente
através da masturbação em um recipiente fornecido pelo laboratório. Também pode
ser colhido durante uma relação pelo do coito interrompido.
DNA do espermatozoide
É um dos mais modernos exames para avaliar a fertilidade masculina. O Teste
da Estrutura da Cromatina do espermatozoide (TECE) é uma medida estatisticamente
significante da infertilidade masculina. Este exame visa avaliar o DNA do
espermatozoide.
O exame pode ser feito como complemento ao espermograma comum. A amostra
passa por um exame de fluorescência, misturada com um corante laranja capaz de
se ligar ao DNA. Posteriormente, passa por um aparelho chamado citômetro de
fluxo que quantifica a proporção de espermatozoides defeituosos. Se a
porcentagem de espermatozoides estiver alterada e for acima de 30%, a capacidade
fértil do homem estará severamente prejudicada.
Imunológico
Para este levantamento é feita uma investigação de uma série de anticorpos
dosados no sangue do casal. O ginecologista explica que o sistema imunitário
masculino pode reagir contra o seu próprio esperma, como se fossem células
invasoras. Esse sistema imunitário pode atacar o esperma, provocando a
infertilidade.
Existem outros exames que avaliam os fatores imunológicos são os anticorpos
anti-cardiolipina, Fan (Fator Anti Núcleo), Anticorpos anti-fostatidilserina,
fator II gene de mutuação da protombina. Células Natural Killer (NK),
homocisteína, fator V de leiden e o teste do Cross Match que analisa a rejeição
do embrião pelo organismo materno. A investigação das causas imunológicas é
complexa e pouco utilizada na prática.
Fonte Zero Hora
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