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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Entenda como se dá o diagnóstico de infertilidade masculina

Espermograma, DNA do espermatozoide e exames imunológicos são alguns dos testes
 
O homem deve ser submetido a uma série de exames para investigar as causas da infertilidade, como também detectar outros problemas de saúde, incluindo mutações genéticas.
 
De acordo com o ginecologista Joji Ueno, responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e diretor na Clínica Gera, a infertilidade masculina não significa a impossibilidade definitiva de ter filhos, pois um diagnóstico bem feito pode tratar e superar essa dificuldade.
 
— Para obter um diagnóstico preciso é necessário começar pelo levantamento histórico para verificar se o casal mantém relações sexuais regularmente. Logo após, é iniciada uma investigação para identificar se existe algum problema que esteja atrapalhando a gravidez, como a dificuldade de ereção para ejacular. É feito um espermograma, com o intuito de determinar a quantidade e a qualidade dos espermatozoides ejaculados — explica o ginecologista.
 
Após um ano de relacionamento sexual, sem utilizar nenhum método para evitar a gestação, se ela não ocorrer, o casal deve procurar um especialista.
 
— O casal será examinado com o intuito de investigar quais são as causas que podem estar dificultando a concepção. Ambos podem apresentar algum problema, ou só um dos dois — diz Ueno.
 
Antes de iniciar qualquer exame, o paciente deve fazer um exame físico rigoroso e completo. Devem ser pedidos também exames auxiliares de diagnóstico para complementar o histórico clínico do paciente. Esse procedimento é obrigatório e devem ser realizados antes de começar qualquer tipo de tratamento.
 
Conheça alguns dos testes feitos para identificar a infertilidade masculina:
 
Espermograma
Essa avaliação consiste em identificar a qualidade e a quantidade dos espermatozoides. Ela é realizada em locais especializados para não comprometer a conduta terapêutica. A contagem do número de espermatozoides e a avaliação da motilidade são realizadas no microscópio, com auxilio de câmaras especiais.
 
Para realizar essa bateria de testes, o médico solicita a abstenção da atividade sexual por um período de 48 a 72 horas. A colheita é feita geralmente através da masturbação em um recipiente fornecido pelo laboratório. Também pode ser colhido durante uma relação pelo do coito interrompido.
 
DNA do espermatozoide
É um dos mais modernos exames para avaliar a fertilidade masculina. O Teste da Estrutura da Cromatina do espermatozoide (TECE) é uma medida estatisticamente significante da infertilidade masculina. Este exame visa avaliar o DNA do espermatozoide.
 
O exame pode ser feito como complemento ao espermograma comum. A amostra passa por um exame de fluorescência, misturada com um corante laranja capaz de se ligar ao DNA. Posteriormente, passa por um aparelho chamado citômetro de fluxo que quantifica a proporção de espermatozoides defeituosos. Se a porcentagem de espermatozoides estiver alterada e for acima de 30%, a capacidade fértil do homem estará severamente prejudicada.
 
Imunológico
Para este levantamento é feita uma investigação de uma série de anticorpos dosados no sangue do casal. O ginecologista explica que o sistema imunitário masculino pode reagir contra o seu próprio esperma, como se fossem células invasoras. Esse sistema imunitário pode atacar o esperma, provocando a infertilidade.
 
Existem outros exames que avaliam os fatores imunológicos são os anticorpos anti-cardiolipina, Fan (Fator Anti Núcleo), Anticorpos anti-fostatidilserina, fator II gene de mutuação da protombina. Células Natural Killer (NK), homocisteína, fator V de leiden e o teste do Cross Match que analisa a rejeição do embrião pelo organismo materno. A investigação das causas imunológicas é complexa e pouco utilizada na prática.
 
Fonte Zero Hora

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