Mulheres são melhores que os homens ao distinguir entre as emoções, especificamente medo e aversão, diz um novo estudo publicado no periódico Neuropsychologia.
Como parte do estudo, Oliver Collingnon e sua equipe da Universidade de
Montreal, Canadá, demostraram que as mulheres têm capacidades bastante avançadas
no processamento auditivo, visual e audiovisual (as duas sensações
paralelamente) das emoções.
Acreditava-se que as mulheres realmente tinham essa capacidade, mas os
resultados das pesquisas, até hoje, eram inconsistentes. Para obter dados mais
conclusivos, os pesquisadores evitaram usar testes com fotografias e optaram por
usar atores.
“Os movimentos faciais se mostraram um fator importante na percepção da
emoção assim como estimulou diferentes regiões do cérebro usadas na análise
desse tipo de informação”, diz Collingnon.
Categorizando emoções
No estudo, o time de pesquisadores estimularam os entrevistados – que não
tinham histórico de transtornos neurológicos ou psiquiátricos – de forma
paralela, com as expressões faciais de atores ao vivo, ao mesmo tempo que ouviam
gravações que simulavam emoções humanas.
Os participantes eram convidados a categorizar as emoções tão rápido quanto
tivessem identificado sentimentos de medo ou aversão. Essas duas emoções foram
escolhidas por estarem ligadas à sensação de proteção e foram adquiridas mais
cedo durante a evolução da espécie sendo, de certa forma, mais importantes que
outras emoções, como a alegria (que ajuda na socialização, mas não na
sobrevivência em ambientes hostis).
Homens e mulheres tinham, então, que fazer a análise dos sons e emoções
separadamente e depois classificar o conjunto em compatível ou contraditório
(indicando se os sons e expressões faciais dos atores eram similares).
Mais rápidas identificando as emoções alheias
O estudo mostrou que mulheres foram muito mais rápidas completando as tarefas
e respondendo ainda mais rapidamente quando uma outra mulher atuava. Comparadas
aos homens, as mulheres participantes da pesquisa processavam as informações
sobre as expressões faciais e as multisensoriais de forma muito mais eficaz.
“A pesquisa, entretanto, não quer provar a superioridade do homem ou da
mulher”, observa Collingnon. “Esses estudos de gênero são necessários para
entender melhor como certos transtornos mentais agem diferentemente nas pessoas.
Um bom exemplo disso é o autismo, que afeta mais homens que mulheres e que age
na capacidade de se relacionar com pessoas ou entender suas emoções.”
Fonte O que eu tenho
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