Brasília – Até sábado (10), representantes de agências sanitárias de cinco
países, da indústria farmacêutica e de secretarias de Saúde de diversos estados
brasileiros se reúnem em Brasília para o 9º Encontro Internacional de
Farmacovigilância das Américas. O objetivo é fortalecer o trabalho na
região.
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
Dirceu Barbano, lembrou que este é o primeiro ano em que o encontro é sediado no
Brasil. As últimas edições da reunião, que ocorre a cada dois anos, foram
realizadas na Colômbia.
“Isso impõe uma responsabilidade muito grande a nós brasileiros porque
precisamos fazer com que o encontro tenha, no mínimo, a mesma capacidade de
agregar e de acolher que os anteriores tiveram”, avaliou Barbano.
Durante o evento, ele elogiou os níveis de aproximação, cooperação e
fortalecimento de cada uma das agências sanitárias presentes na região (no
Brasil, na Colômbia, Argentina, no México e em Cuba). Segundo ele, elas se
reúnem duas vezes ao ano em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde
(Opas).
“Este é um exemplo muito claro de que é possível haver uma aproximação
pautada no reconhecimento das capacidades locais, em um ambiente inclusivo e de
solidariedade, na busca de fazer com que alcancemos níveis de segurança
sanitária mais apropriados”, explicou.
De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, é preciso compreender que a
segurança sanitária não deve mais ser construída apenas dentro das fronteiras de
cada país. Barbano lembrou que, em um mundo globalizado, um medicamento pode ser
desenvolvido em um país, ter sua pesquisa clínica realizada em outro, ser
produzido em um terceiro, embalado em um quarto e comercializado em diversas
nações.
“Estabelecer níveis de segurança em uma realidade de cadeias complexas e
dispersas como essa fica cada vez mais difícil. Isso impõe às autoridades
sanitárias de cada país reconhecer que não são mais responsáveis apenas pela
saúde da população local, mas também pela de outros países”, disse. “Precisamos
avançar na construção de realidades que permitam a cada um dos países ter
organismos independentes e que consigam responder àquilo que é fundamental do
ponto de vista da vigilância e da saúde pública”, concluiu.
Fonte Agência Brasil
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