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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Uso de benzodiazepínicos e risco de demência

Por Alba Valéria Souto Melo Moraes
 
Em Minas Gerais, os três princípios ativos mais consumidos em formulações industrializadas foram os benzodiazepínicos: clonazepam, bromazepam e alprazolam.
 
Estes dados estão sendo lembrados porque um importante estudo francês a respeito do uso de benzodiazepínicos e o risco de demência (conhecido como PAQUID) foi publicado no British Medical Journal (BMJ), no dia 27 de setembro de 2012.
 
Com o título: Benzodiazepine use and risk of dementia: prospective population based study,os autores da pesquisa informam que num período de 15 anos de acompanhamento, novos usuários de benzodiazepínicos apresentaram aumento do risco de demência, resultado demonstrado com relevância pela análise de dados agregados de coortes de novos usuários de benzodiazepínicos ao longo do estudo e em um estudo de caso-controle complementar.
 
No Brasil, o uso racional ou não de benzodiazepínicos tem o aval dos prescritores, pois a comercialização destes fármacos prevê a obrigatoriedade da apresentação e retenção da notificação de receita. Desta forma, esperamos que este novo estudo apontando mais uma reação adversa importante dos benzodiazepínicos sensibilize a classe médica a reavaliar a prescrição dessas substâncias, colaborando para a diminuição do seu consumo no país.
 
Referência:
De Gage, SB. Bégaud, B. Bazin, F. et al. Benzodiazepine use and risk of dementia: prospective population based study. BMJ 2012; 345:e6231
 

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