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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Exames: Crioglobulinas

Material a ser analisado: coleta de sangue venoso para determinação dos níveis de crioglobulinas.
 
Tempo necessário para obter o material: 5 a 10 minutos.
 
Finalidade: a dosagem de crioglobulinas está indicada em todos os pacientes com Fenômeno de Raynaud de início recente, com ou sem lesões purpúricas ou vasculíticas nas extremidades. A Hepatite C crônica frequentemente está acompanhada de crioglobulinemia Tipo II e uma síndrome característica: a crioglobulinemia essencial mista, um fenômeno autoimune associado a artrite, ulcerações, glomerulonefrite e neuropatia. Pacientes com mieloma, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjogren e artrite reumatóide também apresentam risco para a síndrome.
 
Resultados: crioprecipitado Tipo I: encontrado em todas as imunoglobulinemias monoclonais; mieloma e linfoma. Crioprecipitado Tipo II: encontrado nas imunoglobulinemias monoclonais com atividade do fator reumatóide; mieloma, linfoma, colagenoses e infecções (p.ex.: hepatite viral tipo C). Crioprecipitado Tipo III: colagenoses, infecções.
 
Valores normais: uma quantidade bem discreta de crioglobulinas pode ser encontrada em indivíduos normais.

Segurança dos resultados: boa.
 
Fatores que podem alterar os resultados: as crioglobulinas são imunoglobulinas que se precipitam quando o plasma é resfriado. A temperatura em que isto ocorre determina sua associação com determinadas doenças. Se o sangue circula por uma determinada parte do corpo onde a temperatura está abaixo do limite crítico, então a proteína precipitará nos capilares causando obstrução, danos vasculares e eventualmente necrose. A temperatura das mãos é de aproximadamente 28ºC à temperatura ambiente. Para checar a presença de crioglobulinas, o sangue deve ser retirado utilizando-se uma seringa pré-aquecida e transportado até o laboratório mantendo-se uma temperatura constante de 37ºC. No laboratório, deve-se permitir que o sangue coagule a esta temperatura para então resfriar-se o plasma. As crioglobulinas formarão um precipitado com a queda da temperatura. Este precipitado será isolado e re-dissolvido para análise por eletroforese e imunofixação. Atenção: crioglobulinas não são o mesmo que crioaglutininas (estas, substâncias relacionadas à pneumonia por micoplasma).
 
Fontes:
- Manual de exames: Instituto de Patologia clinica Hermes Pardini 2003/2004
- A clínica e o laboratório - Alfonso Balcells Gorina, Medsi Editora 1996
- Henry: Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods, 20th ed., 2001.
 
Por Boa Saúde

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