Ter uma infância e adolescência feliz garante que as pessoas sejam saudáveis quando adultas. Além disso, diz um estudo feito por pesquisadores britânicos, crianças felizes ganham mais dinheiro no futuro.
É o que garantem pesquisadores da Universidade College Londom em conjunto com a Universidade de Warwik (ambas no Reino Unido), que saíram em busca dos dados de mais de 15 mil pré-adolescentes e adolescentes americanos que haviam participado de outro estudo similar.
De acordo com o time liderado por Jan-Emmanuel De Neve, maiores sentimentos de felicidade nessa fase criam uma espécie de efeito protetor que aumenta a satisfação com a vida no longo prazo. Isso contribui para que essas pessoas se engajem mais nos estudos, tenham menos medo de buscar novos desafios e, consequentemente, ganhem mais quando iniciam sua vida profissional.
“Os dados são consistentes, pois o sentimento de felicidade contribui para uma maior autoestima, melhor saúde no geral e impacta na forma como esses indivíduos vão se dedicar ou se concentrar nos estudos e isso leva a um maior tempo fazendo cursos também, o que inclui faculdade, pós-graduação e especializações. E isso tudo se reverte em ganhos salariais”, diz De Neve.
Além disso os níveis de ansiedade, de pensamentos negativos também eram menores nesses indivíduos com uma infância mais feliz.
Infância feliz, salário melhor
Nas contas feitas pelos pesquisadores, os níveis de felicidade foram indicados em uma escala de 1 a 5 (quanto maior mais feliz). Apenas um único ponto de felicidade resultava em até 2 mil dólares a mais no salário anual entre os 22 e os 29 anos de idade. Ou seja, aos 30 anos de idade a infância feliz garantia até 16 mil dólares a mais no salário anual.
“Nosso estudo tem um objetivo claro que é demonstrar, para a sociedade e para aqueles responsáveis por políticas públicas ligadas à infância e juventude, que cuidar bem das crianças e adolescentes resulta em ganhos econômicos reais e impacta o sucesso dos futuros trabalhadores. Promover o bem estar nessa população é como investir em ações que, garantidamente, irão se valorizar e retornar para a sociedade”, finalizam os autores cujo estudo foi publicado no periódico Proceedings of National Academy of Sciences.
Fonte O que eu tenho
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