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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Como elaborar sistema informatizado para instituições de Saúde?

Entre os aspectos discutidos durante painel do XIII Congresso CBIS, ficou evidente que há falta de recursos para a elaboração de um novo sistema e também profissionais qualificados
 
Durante o XIII Congresso Brasileiro de Informática em Saúde (CBIS), o painel “Etapas fundamentais para contratação de Sistemas de Informação em Saúde” despertou uma discussão sobre o papel do profissional de saúde no processo de elaboração de sistemas informatizados para instituições do setor. Aspectos como o passo a passo da contratação e desenvolvimento de novos sistemas e mecanismos para fortalecer organizações e integrar profissionais e clientes foram discutidos.
 
O médico e pesquisador da Universidade de Wisconsin, Umberto Tachinardi, por meio de videoconferência, abordou a questão da escolha e desenvolvimento de um novo sistema como sendo um “casamento”. Com a comparação, Tachinardi reforçou a ideia de que todo o processo precisa ser detalhadamente desenvolvido, levando em consideração todos os aspectos da instituição que irá comprar o novo mecanismo, como, por exemplo, se ela está habituada a utilizar sistemas similares, quais profissionais utilizarão o sistema e quais os custos e o tempo de desenvolvimento e implementação esperados.
 
Já o presidente da Unimed Curitiba, Sérgio Ossamu Ioshii, falou sobre as dificuldades que uma empresa enfrenta durante o processo de implementação de um novo sistema. Ioshii reforçou que o foco do desenvolvedor de um novo sistema deve ser o interligamento de médicos, enfermeiros, técnicos e pacientes, de forma que seja usual para todos. “O sistema bom é aquele que não é percebido no uso”, ilustrou.
 
Tomando como exemplo o funcionamento da Rede D’Or São Luiz de hospitais, o consultor Marlon Oliveira trabalhou a necessidade de que cada expectativa do cliente seja detalhadamente passada ao desenvolvedor do novo sistema durante o processo de contratação. “Muitas vezes você vai ver que tem muito trabalho pra fazer antes mesmo de se implantar um sistema, como a reorganização de alguns setores da empresa”, explicou.
 
Para a professora Claudia Galindo Nóvoa Barsottini, do departamento de Informática em Saúde da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o questionamento seria em que momento o profissional de saúde é consultado na elaboração de um novo sistema informatizado. É comum médicos e enfermeiros não terem qualquer familiaridade com o sistema, o que acabaria prejudicando o prontuário do paciente. “Muitas vezes o profissional já está acostumado a escrever pouco no prontuário e, com um sistema pouco usual, acaba escrevendo ainda menos”, comentou.
 
O problema estaria, de acordo com Ioshii, na falta de recursos das empresas para se investir em pesquisas com os profissionais de saúde no momento da elaboração de um novo sistema. “Há carência de profissionais de saúde atuando nessa área. Ainda é um ponto a ser desenvolvido”, completou.
 
Fonte SaudeWeb

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