A comunicação entre os casais é fundamental para uma boa relação. Mas um traço de personalidade chamado de alexitemia – a dificuldade de falar dos próprios sentimentos – pode comprometer a felicidade do relacionamento, aumentar a sensação de solidão e acabar com a intimidade.
Um estudo americano demonstrou o quanto é importante para os casais terem uma comunicação sobre o que sentem e como isso os ajuda a corrigir os problemas dentro do relacionamento. De acordo com o autor, Nick Frye-Cox, a alexitimia é um problema que pode atingir tanto homens quanto mulheres e impacta a forma como esses indivíduos identificam o que sentem, para além das reações fisiológicas
“Pessoas com alexitimia podem ficar desconfortáveis conversando sobre certos assuntos, mas não sabem exatamente o porquê. Isso faz com que elas evitem conversar sobre o relacionamento, focando mais em questões concretas e atitudes objetivas”, diz o pesquisador da Universidade do Missouri.
“É interessante observar também que pessoas com esse tipo de traço de personalidade muitas vezes se casam por acharem mais que isso é necessário do que realmente porque sentiram algo como uma paixão, por exemplo”, completa.
Frye-Cox colheu dados de mais de 150 casais, representativos da população como um todo, sem problemas mentais, e concluiu que em torno de 7,5% dos homens e 6,5% das mulheres tinham problemas com a alexitimia. Estudos anteriores haviam pesquisado o problemas apenas em homens , mas os dados de Frye-Cox mostram que isso também ocorre nas mulheres.
As origens dessa falta de sensibilidade emocional ainda não estão claras e podem estar realacionadas com transtornos do aspecto autista (como algum nível da Síndrome de Asperger), transtornos do estresse pós-traumático, transtornos do pânico ou depressão.
“Estratégias que façam com que essas pessoas falem sobre o que sentem – como psicoterapia, por exemplo –, se envolvam com o toque – como o treino de expressão corporal ou teatro – e outros tipos de terapias podem ajudá-as, aos poucos, a vencer essa barreira emocional que ainda conhecemos pouco sobre”, finalizam Colin Hesse, outro autor envolvido com a pesquisa aprovada para publicação no periódico Journal of Family Psychology.
Fonte O que eu tenho
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