A hepatite, doença que ataca o fígado, é uma doença viral, provocada por cinco diferentes tipos de vírus (A, B, C, D ou E). Ocasionalmente pode ser desencadeada por outras doenças (p.ex., mononucleose infecciosa e febre amarela), medicamentos (metildopa, isoniazida, nitrofurantoína) ou drogas (álcool ou drogas injetáveis).
Pode ter evolução aguda ou crônica. Na maioria dos indivíduos, a inflamação se inicia abruptamente e dura apenas algumas semanas.
De acordo com os diferentes vírus, pode ser transmitida por via oral, por saliva, urina, fezes, ato sexual ou transfusões de sangue. A água é um veículo de transmissão importante.
A hepatite viral aguda pode produzir desde uma doença menor semelhante a uma gripe até uma insuficiência hepática fatal. Em geral, a hepatite B é mais grave que a hepatite A e, ocasionalmente, é fatal. A hepatite C tem uma evolução pouco previsível. A doença aguda comumente é leve, mas a função hepática pode melhorar e, em seguida, piorar repetidamente durante vários meses.
A hepatite A é a mais benigna e geralmente não leva a conseqüências para o individuo, podendo inclusive passar despercebida.
Já a hepatite B é uma doença mais grave, geralmente transmitida por transfusões ou por usuários de drogas que compartilham da mesma agulha. Também pode ser transmitido ao recém nascido durante o parto. Pacientes com doenças renais crônicas e que se submetem a hemodiálise também apresentam maior risco de contrair a hepatite B.
O vírus da hepatite C é responsável por cerca de 80% dos casos de hepatite, originados por transfusões sangüíneas, além de muitos casos isolados de hepatite aguda. Ele é mais freqüente em usuários de drogas injetáveis. Também pode decorrer da transmissão sexual, mas esta é pouco freqüente. O vírus da hepatite C é responsável por muitos casos de hepatite crônica e por alguns casos de cirrose e de câncer de fígado.
Outros vírus causadores da hepatite são: o vírus da hepatite D e o vírus da hepatite E.
Diagnóstico
Diagnóstico
A hepatite viral aguda é diagnosticada baseando-se nos sintomas apresentados pelo indivíduo e nos resultados dos exames de sangue que avaliam a função hepática. Em aproximadamente 50% dos indivíduos com hepatite viral aguda, será detectado um fígado sensível e um pouco aumentado de tamanho.
Exames iniciais que devem ser realizados quando há suspeita de Hepatite:
- Hemograma completo; TGO e TGP (transaminases glutâmico oxalacetica e glutâmico pirurvica, exame que avalia a função hepática); Gama-GT; Fosfatase alcalina;
- Bilirrubinas; Glicose;
- Amilase (em pacientes com história de ingestão de bebidas alcoólicas);
- Uréia / Creatinina, em pacientes com idade superior a 40 anos;
- Urina (EAS), em crianças e pacientes do sexo feminino;
Diagnóstico Sorológico Específico:
A partir da situação clinica que se deseja investigar, deve se selecionar ao testes mais apropriados para cada situação.
Para o diagnostico de qualquer tipo de hepatite devem ser tomadas as mesmas medidas na colheita das amostras:
Material: Coleta de sangue suficiente para obter 0,5 ml de soro ou plasma (EDTA), para cada tipo de vírus que se deseja pesquisar. Observar Jejum de 8 horas
Conservação: Até 14 dias entre 2 e 8O C
Método utilizado: Imunoensaio enzimático
Observação:
As amostras de pacientes tratados com heparina podem coagular parcialmente e podem produzir resultados errôneos devido à presença de fibrina. Para prevenir este fenômeno deve se colher a amostra antes da terapia com heparina.
O que vai ser pesquisado
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Hepatite aguda tipo A:
O diagnóstico etiológico está baseado na detecção sorológica da fração IgM anti-HAV e IgG anti - HAV.
Hepatite aguda tipo B:
O diagnóstico etiológico está baseado na detecção sorológica do HBsAg, anti-HBc IgM, HBeAg/Anti-HBe.
Hepatite aguda tipo C:
O melhor teste sorológico para o diagnóstico da hepatite aguda tipo C é a pesquisa do HCV-RNA
Como interpretar o resultado
?
Valor de referência para qualquer um deles: Negativo. Casos com valor de referencia positivo devem ser interpretados pelo medico, segundo o exame solicitado.
Fontes:
- Manual de exames - Instituto de Patologia Clinica Hermes Pardini – 2003/2004.
- Manual Merck: Distúrbios do Fígado e da Vesícula
Por Boa Saúde
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