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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

VIH/SIDA: Portugal é o terceiro da União Europeia em novas infecções

Taxa de diagnóstico tardio é o dobro da média europeia. Em 2011 realizaram-se menos testes.
 
Estónia e Letónia são os dois únicos países que, no panorama da União Europeia de novos casos de infecção pelo vírus VIH/sida, ocupam um lugar pior do que o nacional. O que significa que a posição portuguesa causa pouca inveja. Os dados foram ontem apresentados pelo deputado Ricardo Baptista Leite, numa conferência que assinalou os 20 anos da Associação Abraço e em que se ficaram a conhecer outros números sobre o cenário da doença em Portugal.
 
Até ao fim de Outubro, contavam-se no País 42 350 casos de infecção por VIH notificados desde 1983. «Em qualquer dos estádios da infecção tem havido algum decréscimo de casos», referiu António Diniz, director do Programa Nacional para a Infecção VIH/sida. Ainda assim, os números estão distantes do zero, meta desejada para novas infecções, número de mortes e para a discriminação.
 
Isto apesar de a luta contra o VIH/sida «continuar a ser um programa de saúde prioritário», com verbas garantidas, correspondentes a «8% das verbas dos jogos sociais atribuídas à saúde». Palavras que agradaram a Margarida Martins. A directora executiva da Abraço ficou satisfeita por saber que «há garantia de que vai ser possível lançar novos projectos. Até porque este ano tem havido uma redução muito grande dos apoios. Assim, fica a esperança de que o próximo ano seja melhor», disse ao Destak.
 
Programas a manter
António Diniz deixou ainda a garantia que o Programa de Troca de Seringas não vai acabar, embora tenha diminuído (de 2,66 milhões em 2010 para 1,21 milhões em 2011). Pelo contrário, «vai continuar e poderá mesmo ser reforçado». E vai também prosseguir a distribuição gratuita de preservativos, que também caiu (de 6 milhões para 5,1), assim como os testes de diagnóstico precoce (de 23 966 testes realizados em 2010 para 19 620 no ano passado). Aliás, segundo António Diniz, por cá a taxa de diagnósticos tardios é de 65%, o dobro daquela que é registada na Europa, o que torna esta uma área prioritária.
 
Reduzir em 25% as infecções em quatro anos
Vinte anos depois de ter sido criada, a Abraço lançou ontem um apelo para a acção. Porque a infecção pelo VIH/sida «está longe de estar controlada» e porque «os desafios económicos actuais» fazem prever um agravamento da situação, pede a todos que se juntem para exigir «uma política de informação, educação e prevenção da transmissão da infecção», o aumento do esforço de um diagnóstico precoce, a garantia de melhor acesso aos cuidados de saúde e acesso universal aos tratamentos.
 
Exigências que se juntam aos objectivos do Plano Nacional para a Infecção VIH/sida 2012-2016. O que se pretende é reduzir em 25% o número de novas infecções, em 50% o número de novos casos de sida, assim como as mortes pela doença, reduzir para 35% os diagnósticos tardios de infecção pelo VIH, aumentar para 95% a proporção de indivíduos que dizem usar preservativo em relações sexuais ocasionais e fixar em zero a transmissão de mãe para filhos.
 
Fonte Destak

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