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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Estar um pouco acima do peso pode ser bom para idosos, diz estudo

Mudanças que ocorrem no processo de envelhecimento alteram a relação entre o índice de massa corporal e a gordura do corpo
 
Ao contrário do que possa parecer, estar um pouco acima do peso é benéfico para os idosos. A conclusão é de uma pesquisa feita recentemente na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No estudo, idosos com sobrepeso medido pelo Índice de Massa Corporal (IMC) tiveram taxas de mortalidade menores que aqueles com IMC normal.
 
O principal problema, de acordo com a autora da pesquisa Alline Beleigoli, é a definição exata do que seriam sobrepeso e obesidade em idosos. " Em geral, o processo de envelhecimento é acompanhado de aumento da massa gorda, redução da massa magra e também da altura, quando a pessoa fica mais encurvada" , afirma Alline. " Essas mudanças fazem o IMC se comportar de maneira diferente no adulto e no idoso, podendo refletir mais a quantidade de massa magra do que a massa gorda em idosos" .
 
Por esses motivos, a pesquisadora alerta contra a recomendação de dieta apenas devido ao IMC elevado. " Se a pessoa tem uma boa qualidade de vida, sem problemas de saúde que exijam restrições, não há necessidade de dieta apenas por esse motivo" , afirma. " Podem ser tomadas medidas que ajudem a manter um estilo de vida saudável, mas sem focar excessivamente no controle de peso" .
 
Alline ressalta também que o fato do sobrepeso ser benéfico não significa que esses cuidados devem deixar de existir. " A alimentação adequada e a atividade física, por exemplo, ainda são essenciais para a prevenção e controle de doenças como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas" , explica. A atividade física foi inclusive relacionada com uma vida mais longa. " O idoso que se exercita tem mais mobilidade, aumento da densidade óssea e da massa magra, importante para mantê-lo mais ativo e com maior qualidade de vida" , afirma.
 
Alguns modelos foram utilizados para encontrar uma medida que estivesse mais relacionada com a mortalidade dos idosos encontrada no estudo. A melhor combinação foi uma associação entre IMC e a medida da cintura. " Para qualquer valor de IMC, o aumento da medida da cintura foi relacionado a aumento do risco de morte" , explica.

Estudo de Bambuí
Beleigoli analisou dados do estudo de Bambuí sobre Saúde e Envelhecimento, pesquisa organizada pelo Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz. Ainda em andamento, acompanha desde 1997 idosos desta cidade do centro-oeste mineiro, coletando informações sobre condições de saúde e hábitos de vida. Das 1742 pessoas com mais de 60 anos à época do início da pesquisa, 1606 (92%) aceitaram participar. Para o estudo foram utilizados dados obtidos até 2007, além do monitoramento das certidões de óbito, o que permitiu diferenciar a mortalidade desses participantes.
 
Fonte isaude.net

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