A fecundidade tardia está geralmente associada ao maior nível de instrução das mulheres |
Entre essas mulheres, 25,8% deram à luz ao primeiro filho na faixa etária,
ante 16,3% em 2000. "A fecundidade tardia está geralmente associada ao maior
nível de instrução das mulheres, que vêm adiando cada vez mais a maternidade em
função de melhores condições profissionais e econômicas", assinala o documento
da fundação.
A proporção de mães com idade abaixo de 20 anos, por outro lado, diminuiu,
ficando em 14,7%. Esse é o menor índice desde 1998. A região com maior taxa de
gravidez na adolescência fica na área administrativa de Registro (21,2%), no
litoral sul paulista. A capital, por sua vez, teve a menor taxa, com 13,2%.
O estudo, feito a partir de dados de Registro Civil reunidos no Sistema de
Estatísticas Vitais da Seade, mostra que a fecundidade no estado permaneceu
estável em 1,7 filho por mulher, na comparação com os anos anteriores. Em
relação ao 2000, no entanto, houve redução de aproximadamente 20%, quando a taxa
era 2,1 filhos.
A pesquisa chama atenção também para o elevado número de partos cesáreos. Dos
610.492 nascimentos registrados no estado, 60% foram cesarianas. "[Isso é]
quatro vezes o limite de 15% preconizado como máximo pela Organização Mundial da
Saúde", informa o documento. A taxa passou de 48,4% para 60% em pouco mais de
uma década. "Além de elevada, essa proporção registra constante aumento ao longo
dos anos, configurando-se em um problema de saúde pública", alerta a
fundação.
Quando considerado o nível de escolaridade, a taxa de partos cesáreos
aumenta a medida que a mulher têm mais anos de estudo. A proporção de cesarianas
é inferior a 50% entre as que têm menos de oito anos de instrução. Entre
mulheres com oito e 11 anos de estudo, a taxa salta para 57%, e supera os 80%
entre as mais escolarizadas.
Os anos de estudo, que refletem a condição socieconômica da população, também
têm influência sobre as condições de atenção à saúde da própria mãe, assim como
das crianças. O levantamento aponta que 78,3% delas estiveram em pelo menos sete
consultas de pré-natal, conforme orienta o Ministério da Saúde.
Quando esse dado é confrontado com o nível de escolaridade da mãe, no
entanto, percebe-se que as com pouca instrução estiveram menos vezes nas
consultas em comparação com as mais instruídas. A diferença chega a 68,9% (mães
com menos de oito anos de estudo) e 88,9% (mais de 12 anos), respectivamente.
Fonte Agência Brasil
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