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segunda-feira, 11 de março de 2013

Distrito Federal inicia vacinação de meninas contra o HPV

Ao todo, 364 meninas nascidas entre 2000 e 2002 foram contempladas
 com a vacina, mediante autorização dos pais ou responsáveis
Brasília – Meninas entre 11 e 13 anos do Centro de Ensino Fundamental 01 (CEF 01) da Estrutural, uma região administrativa de Brasília, receberam nesta sexta-feira (8) a vacina contra o papiloma vírus (HPV), vírus causador do câncer do colo do útero. A meta da Secretaria de Saúde do é imunizar 64 mil meninas das escolas públicas e particulares do Distrito Federal (DF). O HPV é responsável por 70% dos casos de câncer no colo do útero.
 
A campanha, lançada , é uma ação pioneira no país, e a partir de 1º de abril será ampliada para as demais escolas do DF. Para que a vacina seja efetiva, deverá ser aplicada em três doses, com intervalo de 60 a 180 dias. Segundo a secretária da Mulher, Olgamir Amância, a faixa etária das meninas que serão vacinadas leva em conta a necessidade de que a imunidade seja alcançada antes do início da vida sexual.
 
“Aqui, nós não estamos discutindo quando a menina vai iniciar seu processo, isto é uma questão de orientação das famílias, é uma decisão das meninas, nós não vamos interferir. O que nós estamos fazendo é investindo no momento que é correto, o que antecede esse exercício da sexualidade, para que elas possam estar prevenidas”.
 
Ao todo, 364 meninas nascidas entre 2000 e 2002 foram contempladas com a vacina, mediante autorização dos pais ou responsáveis. De acordo com o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, “o Ministério da Saúde está em fase de estudo para implantação da vacina gratuita em âmbito nacional, mas o DF se antecipou implantando a vacina no seu calendário”.
 
A secretária da Mulher disse que a vacina tem custo alto para as famílias mais pobres. “Não estamos aqui falando apenas de uma vacina, nós estamos falando de uma decisão política de proteção, para salvar a vida de todas as mulheres. Ao agir desta maneira, o governo está contemplando todas as mulheres, particularmente aquelas de menor poder aquisitivo”.
 
Para a diretora do CEF 01, Maria Cirene, o papel da escola na campanha é o de orientar as estudantes. “Muitas delas não tinham conhecimento da gravidade da doença. Além disso, muitas não têm condições de pagar R$ 300 reais em uma vacina, por exemplo.”
 
A auxiliar de serviços gerais Elizete Maria da Conceição, mãe de uma estudante de 11 anos que recebeu a vacina, não tinha muito conhecimento sobre o assunto. Para ela, a campanha veio ajudar a quem precisa prevenir-se da doença. “Foi muito importante, porque eu não tenho condições de pagar essa vacina e minha filha vai ficar protegida”.
 
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, acredita que vacinação vai diminuir o número de vítimas da doença nos hospitais. “Estamos fazendo uma prevenção de longo prazo, para que, daqui a 20, 25, 30 anos, seguramente estarmos poupando muitas vidas”. Alem disso, lembrou que “com ação preventiva se gasta menos do que com ação curativa”.
 
Fonte Agência Brasil

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