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segunda-feira, 11 de março de 2013

Tratamento promissor protege coração durante angioplastia

Apenas nos Estados Unidos, são realizadas mais de 1 milhão
 de angioplastias por ano, o que representa um custo
de 10 bilhões de dólares
Uma dose única de um tratamento experimental neutralizaria a inflamação e protegeria o coração durante a angioplastia - cirurgia realizada com o objetivo de desobstruir uma artéria do paciente -, apontam os resultados promissores de um estudo divulgado neste domingo.
 
A molécula, chamada inclacumab, do laboratório suíço Roche, reduziu sensivelmente o nível de um marcador molecular no sangue, a troponina I, que permite diagnosticar uma crise cardíaca ou os efeitos nefastos de uma inflamação no coração. Comparada a um placebo nos pacientes que participaram do teste clínico, os pesquisadores mediram uma redução de até 24% neste marcador.
 
"É muito animador constatar que uma simples dose de inclacumab pode ter esses efeitos benéficos", comemorou Jean-Claude Tardif, diretor do centro de pesquisas do Instituto do Coração de Montreal (Canadá), que realizou o estudo clínico, do qual participaram 530 pacientes.
 
Todos haviam sofrido um infarto e precisavam ser submetidos a uma angioplastia. Cerca de 80% eram homens, com uma média de idade de 61 anos.
 
Metade foi tratada com inclacumab 24 horas antes da angioplastia, e a outra parte, com um placebo.
 
Os níveis de troponina foram medidos 8, 16 e 24 horas após a intervenção. Também foi medido outro marcador de danos cardíacos, chamado CK-MB.
 
Vinte e quatro horas após a intervenção, 18,3% dos pacientes do grupo que tomou o placebo registraram um aumento do CK-MB de até três vezes em relação ao nível normal, o que aponta, clinicamente, uma crise pós-angioplastia.
 
No grupo tratado com a dose mais forte de inclacumab, apenas metade dos pacientes (8,9%) registrou um aumento dos níveis de CK-MB.
 
"Se pudermos confirmar esses resultados em outros estudos, este tratamento poderia se somar ao arsenal terapêutico da cardiologia moderna", estimou Tardif, que apresentou o estudo na conferência anual da American College of Cardiology, em San Francisco.
 
"Poderíamos empregar este tratamento mais amplamente entre todos que chegam ao hospital e sofrem uma crise cardíaca. Mas antes disso, é necessário realizar mais estudos clínicos", assinalou.
 
Apenas nos Estados Unidos, são realizadas mais de 1 milhão de angioplastias por ano, o que representa um custo de 10 bilhões de dólares. O tecido cardíaco pode ser danificado durante a intervenção, o que leva a outros processos e resulta em custos adicionais para o sistema de saúde pública.
 
Fonte R7

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