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segunda-feira, 11 de março de 2013

Descoberto interruptor molecular que ativa regeneração do fígado

Pesquisa contraria teoria de que as células-tronco são as únicas responsáveis pela renovação dos tecidos do corpo
 
Equipe de pesquisadores da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, identificou um complexo de proteínas que atua como um interruptor molecular que ativa o programa de autorregeneração do fígado.
 
A descoberta pode simplificar o futuro de tratamentos utilizados para reparar danos nos tecidos.
 
"Os nossos novos dados desafiam o foco predominante em células-tronco já que mostram importantes mecanismos moleculares que permitem que as células hepáticas normais se dividam e reparem danos no tecido. Isso pode apontar para modos de usar as células hepáticas normais para fins terapêuticos, já que essas células podem ser mais fáceis de usar do que as células-tronco", explica o pesquisador Bo Porse.

Genes da autorrenovação
Quando os tipos especializados de células do nosso corpo são formados a partir das células-tronco durante o desenvolvimento, elas geralmente perdem a capacidade de se dividir e fazer novas células.
 
A renovação dos tecidos é, portanto, um trabalho para as células-tronco presentes no nosso corpo. Uma exceção são as células especializadas do fígado chamadas hepatócitos. Elas são responsáveis pelas funções metabólicas do fígado, mas podem, ao mesmo tempo produzir novas células hepáticas.
 
"Os nossos resultados mostram como um complexo de proteínas é alterado após danos no fígado, o que funciona como um "interruptor" ativando um programa de autorrenovação nos hepatócitos. O complexo de proteína liga-se, literalmente, a genes selecionados que permitem a divisão dos hepatócitos, mantendo suas funções metabólicas", explica o pesquisador Janus Schou Jakobsen.
 
A extraordinária capacidade das células do fígado para se dividirem indefinidamente se assemelha a capacidade das células-tronco de se autorrenovarem e esta descoberta desafia o foco atual em células-tronco e terapia com células-tronco.
 
Os resultados são consistentes com novos estudos de autorrenovação no grupo de células brancas do sangue chamadas macrófagos.
 
"Vemos uma clara sobreposição dos mecanismos moleculares que controlam a autorrenovação em hepatócitos e macrófagos e que pode indicar a existência de um programa mais geral de autorregeneração usada por tipos especializados de células. Se for este o caso, podemos realmente mudar a percepção de que as células-tronco são as únicas responsáveis pela renovação dos nossos tecidos", afirma Jakobsen.
 
O próximo passo dos pesquisadores é se aprofundar na compreensão molecular de como sistemas de autorrenovação podem ser ligados e desligados em tipos especializados de células.
 
Fonte isaude.net

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