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segunda-feira, 11 de março de 2013

Aumentam casos de arritmias cardíacas em mulheres

Levantamento do HCor revela crescimento do problema em pacientes jovens, com idade entre 15 e 44 anos
 
Alerta: o coração feminino precisa de mais atenção. Um estudo com 648 mulheres internadas no HCor (Hospital do Coração), com idade entre 15 e 44 anos, mostrou aumento dos casos de arritmias cardíacas de 48% para 66%, entre 2008 e 2012. Nesse período, o percentual de mulheres que recebeu tratamento cirúrgico/ hemodinâmico para correção de arritmia cardíaca variou de 45% para 61%.
 
As arritmias estão ligadas a problemas graves, como infarto e derrame cerebral, e podem matar. O tipo mais comum de arritmia, a fibrilação atrial, atinge 10% da população com idade a partir de 70 anos. Essa doença aumenta em cinco vezes o risco de AVC, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pois ela promove a formação de coágulos na corrente sanguínea.
 
Uma série de fatores podem estar ligados ao aumento das arritmias. Doenças nas artérias coronárias, insuficiência cardíaca, hipertireodismo e desequilíbrio químico no sangue (alteração nos níveis de potássio, cálcio e sódio) são algumas das origens possíveis. Contudo, arritmias também estão ligadas ao consumo de substâncias estimulantes, como cafeína, tabaco, álcool e anfetamina.
 
Causas
O coração tem ritmo certo para bater. São 60 a 100 batidas por minuto, em condições normais, que alternam a contração simultânea dos átrios (câmaras menores do coração) com a contração simultânea dos ventrículos (câmaras maiores). Exercícios e estresse aumentam o ritmo cardíaco, mas ele volta ao normal pouco depois. Se isso não acontecer, algo pode estar errado.
 
As arritmias podem acontecer por batimento acelerado (taquicardia) ou por batimento desacelerado (braquicardia). A alteração mais comum é a fibrilação atrial, um descompasso no batimento das câmaras menores do coração (átrios). Sua incidência aumenta com a idade. Os principais sintomas da arritmia são palpitação, fadiga, falta de ar, cansaço, desmaio, tontura e dor no peito. Porém, a doença também pode acontecer de forma assintomática.
 
— A mulher precisa dar mais atenção aos sintomas de doenças cardiovasculares. Ela os confunde, muitas vezes, com problemas na coluna, cansaço ou até mesmo dor no braço, por ter carregado uma criança ou sacolas pesadas — alerta a cirurgiã cardíaca Magaly Arrais, do HCor.
 
Envelhecimento da população
O envelhecimento da população ajuda a concentrar fatores de risco para arritmias. A pressão arterial e o nível de colesterol tendem a aumentar. Além disso, a menopausa gera alterações hormonais no organismo, que se tornam ainda mais graves quando combinadas com sedentarismo e dieta inadequada.
 
Há também uma preocupação crescente com o excesso de peso nas mulheres. Uma recente pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que o número de obesas no país cresceu 64% nos últimos 10 anos. Esse conjunto de fatores deixa 20% das mulheres sob risco de infarto.
 
— A mulher tem acumulado vários papéis. Ela trabalha fora, cuida da casa e da família. O ritmo acelerado a expõe a muito estresse e favorece hábitos pouco saudáveis, como sedentarismo e má alimentação — a médica.
 
Fonte Zero Hora

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