Estudo da Unifesp estima que a doença demora até oito anos para ser diagnosticada
Dor durante as relações sexuais e cólicas fortes e intensas são os primeiros sintomas da endometriose, uma doença que atinge mulheres em idade fértil. Apesar dos sintomas gerarem incômodo, a doença demora em ser diagnosticada. Um estudo feito na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), estima em oito anos o intervalo entre o início dos sintomas e o diagnóstico.
Segundo o ginecologista Eduardo Schor, chefe do Setor de Endometriose da Unifesp, algumas mulheres até percebem a diminuição da qualidade de vida, mas optam por não buscar auxílio médico por medo de descobrir uma doença grave.
— A busca por um médico especialista nunca deve ser adiada. Os problemas com a endometriose vão muito além da pelve e necessitam de atenção especial em todos os quesitos da saúde feminina — alerta o médico.
A interferência da endometriose na qualidade de vida da mulher passa por problemas como redução na qualidade de sono, alterações de musculatura da pelve e disfunções intestinais.
Além do medo, outro fator que atrasa o diagnóstico da doença é a crença de que a cólica menstrual é normal. Se ela é persistente e os analgésicos e anti-inflamatórios não aliviam o desconforto, um ginecologista deve ser consultado.
A endometriose se caracteriza pela presença de endométrio fora do útero. O endométrio é a camada que reveste internamente a cavidade uterina e é renovado mensalmente por meio da descamação durante o fluxo menstrual. Em algumas situações este tecido volta pelas trompas, alcança a cavidade pélvica e abdominal, gerando a endometriose.
Fonte Zero Hora
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