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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Porto Alegre: Cardiologista fala sobre cirurgia inédita realizada na Capital para combater AVC

Dispositivo é implantado para vedar uma parte do coração de pacientes com fibrilação atrial

Um procedimento inédito no Estado para prevenção de acidente vascular cerebral (AVC) foi realizado no Hospital São Lucas da PUCRS, em Porto Alegre, na semana passada, renovando a esperança de pacientes com fibrilação atrial, a arritmia mais comum nos consultórios de cardiologistas.

O objetivo da cirurgia é vedar uma parte do coração de onde se desprendem os coágulos que causam o AVC. Com a colocação desse dispositivo, reduz-se para menos de 2% a chance de ocorrer este acidente, explica o médico Carlos Kalil, responsável pelo serviço de arritmias do hospital, que realizou o procedimento com auxílio de Carlos Pedra, do Hospital Dante Pavese e do Hospital do Coração, de São Paulo.

Atualmente, apenas cerca de mil pacientes no mundo realizaram o procedimento, sendo poucos deles no Brasil (em São Paulo e no Rio de Janeiro).

Segundo o especialista, a fibrilação atrial tem maior incidência em pacientes com idade avançada (acima de 65 anos), e fatores de risco, como hipertensão, diabetes e histórico de acidente vascular cerebral.

Feito com anestesia geral, a cirurgia dura cerca de duas horas e o paciente é liberado após 24 horas. O procedimento ainda é particular, mas a liberação para os planos de saúde já foi encaminhada à Agência Nacional de Saúde (ANS).

Zero Hora — Como funciona este dispositivo?
Carlos Kalil — O Amplatzer Cardiac Plug veda a entrada do apêndice atrial esquerdo e obstrui a passagem de sangue. Com isso, impede que o coágulo formado dentro do apêndice seja expelido para o átrio, caindo na circulação e causando o AVC.

ZH — Este procedimento é indicado para todos os pacientes com risco de sofrer um AVC?
Kalil — Não. O principal medicamento ainda é o anticoagulante. No entanto, em alguns pacientes, com o afinamento do sangue causado por esta medicação, aumenta-se o sangramento. Mas vale lembrar que este tratamento é somente indicado para aqueles que têm chances de ter uma complicação hemorrágica ou para aqueles nos quais o anticoagulante não está surtindo efeito.

ZH — Existe alguma contra indicação para a realização desta cirurgia?
Kalil — A principal contra indicação é caso o paciente tenha alguma infecção ativa dentro do coração ou caso tenha alguma alteração anatômica que impeça a colocação do aparelho. Antes da cirurgia, é preciso fazer um eco-cardiograma para se certificar de que não há um coágulo no coração. Do contrário, ele pode se deslocar na corrente sanguínea e causar um AVC.

Fonte Zero Hora

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