Quase 30 mil portugueses aguardavam, no final de 2011, por uma primeira consulta hospitalar de Oftalmologia (para os olhos), após o pedido feito pelo médico de família através da Consulta a Tempo e Horas, revela o Relatório Anual sobre o Acesso aos Cuidados de Saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Segundo o documento da Administração Central dos Serviços de Saúde, as listas de espera para outras especialidades também são extensas, entre as quais, Ortopedia (20 352 doentes), Cirurgia (18 184), Dermatologia (15 112) e Otorrino (11 952).
Um terço dos hospitais públicos ultrapassou, em 2011, o tempo de espera recomendado para os diferentes graus de prioridade para a marcação de primeiras consultas da especialidade.
A falta de cumprimento dos tempos de espera recomendados para a marcação das consultas significa que os doentes muito urgentes esperaram mais de 30 dias por uma consulta e os casos urgentes aguardaram mais de dois meses. Quanto aos casos considerados normais, os doentes esperaram, em média, mais de cinco meses.
Das 57 instituições hospitalares (50 hospitais e sete Unidades Locais de Saúde) que prestaram informação sobre os tempos de espera, um terço (19 entidades) refere o cumprimento dos tempos de resposta para as consultas muito prioritárias. Vinte e cinco instituições cumpriram os prazos para as consultas prioritárias e 35 instituições para consultas de prioridade normal.
O relatório sobre o acesso aos cuidados de saúde no SNS revela ainda que, em 2011, houve um aumento do número de intervenções para cateterismos cardíacos e pacemakers.
Questionado pelo CM, fonte do Ministério da Saúde garantiu que a "maioria das unidades cumpre com os tempos de espera". A tutela reconhece, porém, que os tempos de espera são um dos aspectos a melhorar no Serviço Nacional de Saúde.
Fonte Correio da Manhã
Nenhum comentário:
Postar um comentário