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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Atividade policial não reduz tempo de amamentação de mães militares

Estudo apresentado na UFMG mostra que mães militares fornecem aleitamento exclusivo por, em média, sete meses

Enquanto em outros países mães militares costumam desmamar seus filhos de quatro a seis meses mais cedo que as demais mulheres, no Brasil não há essa diferença. A conclusão é de um estudo apresentado na Faculdade de Medicina da UFMG, que ressalta a importância do aleitamento materno em todos os casos.

A pesquisa mostra que mesmo a chamada atividade operacional, que consiste no patrulhamento nas ruas, não é determinante para o desmame precoce entre as militares. Para a autora da dissertação, Tatiana Bossert Freitas, tenente farmacêutica da Polícia Militar de MG, duas hipóteses podem explicar o fato. "Muitas vezes a mãe é direcionada para atividades mais administrativas ao voltar da licença-maternidade. Mas também pode ser que, apesar de suas características peculiares e questões militares, a atividade operacional não tenha mesmo nenhuma interferência no que se refere ao aleitamento materno", explica.

Cem mães militares foram entrevistadas, entre maio de 2009 e setembro de 2011. O objetivo era descobrir como e por quanto tempo elas amamentavam, além de coletar dados sobre a carreira militar. Desse total, 94 fizeram o aleitamento materno, com duração média de sete meses. O aleitamento exclusivo, no entanto, foi praticado por somente 23% dessas mães, por um período de apenas quatro meses. "Esses resultados ainda estão aquém do recomendado pela OMS, que é de aleitamento exclusivo nos primeiros seis meses e complementado até os dois anos", afirma a autora.

O estudo também ressaltou a importância de informar as mães corretamente sobre o valor do aleitamento materno adequado. Ao contrário do que seria esperado, mães que receberam informações sobre o assunto no pré-natal amamentaram seus filhos por um tempo menor. A autora da pesquisa aponta a falta de preparo dos pediatras como possível explicação. "Estudos mostram que pediatras com treinamento específico sobre o assunto têm efeito positivo nos índices de aleitamento materno", conta.

A solução apontada são as consultas de lactação, voltadas especificamente para oferecer informações sobre o aleitamento materno, com especialistas no assunto. O serviço poderia ser prestado no Hospital Militar, no caso das mães militares, e pelos profissionais do Programa Saúde da Família, no caso das civis.

Fonte isaude.net

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