Rio de Janeiro – Começou ontem (1º) mais uma ação da Cooperação Tripartite Brasil-Cuba-haiti de fortalecimento do sistema de saúde e vigilância epidemiológica do Haiti, estabelecida depois do terremoto que, em 2010, destruiu o país. Uma oficina de trabalho vai capacitar jornalistas de dez rádios comunitárias haitianas para que saibam abordar a temática, informando e conscientizando a população sobre as condições de saúde.
A oficina, que durará 14 dias, será coordenada pelo Canal Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde e População do Haiti. O projeto também tem a parceria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e prevê a criação de uma rede de rádios comunitárias para articular estratégias de combate e prevenção a doenças.
Segundo a coordenadora de Comunicação Social do Canal Saúde, Ana Cristina Figueira, o objetivo dessa primeira ação é desenvolver, com os radialistas, uma metodologia para transmitir temas sobre saúde, alinhados às ações do Ministério da Saúde e População haitiano. Ela ressaltou que a preocupação dos projetos desenvolvidos pela parceria é que sejam estruturantes. “Quando sairmos de lá ou a parceria acabar, é fundamental que eles possam seguir em frente com os próprios pés”.
Ela observou que as rádios comunitárias no Haiti têm grande alcance no país e podem ser meios estratégicos para conscientizar e informar a população sobre as condições de saúde. Além de uma equipe do canal da Fiocruz, estará também na oficina a representante da Associação Mundial de Rádios Comunitárias no Brasil (Amarc Brasil), Denise Viola, que vai debater em francês, um dos idiomas oficiais do país, questões de gênero, e mostrará estratégias de comunicação para conscientizar a população sobre as principais doenças que atingem o país caribenho como cólera, aids e malária.
Entre as iniciativas previstas no âmbito da parceria entre os três países, está a construção de três hospitais comunitários de referência, um centro de reabilitação de deficientes físicos, quatro centros de ensino técnico e profissionalizante, além das reformas de dois laboratórios especializados em vigilância epidemiológica e de unidades de saúde.
Fonte Agência Brasil
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