Unidade de oncologia do Barreiro está em risco de fechar com a saída de oncologistas |
Vários médicos oncologistas estão interessados em trabalhar no Hospital do Barreiro, mas estão impedidos de o fazer porque o Ministério da Saúde/Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo não autoriza a celebração de Contratos Individuais de Trabalho, o que permitiria a admissão imediata. A Unidade de Oncologia do hospital enfrenta o risco de fecho devido à falta de clínicos.
Segundo o CM apurou, a administração do Centro Hospitalar do Barreiro/Montijo abriu concurso para o preenchimento de uma vaga para médico oncologista, mas esse processo pode levar meses até estar concluído, porque é necessário respeitar os prazos legais, queobriga a publicação em Diário da República, apresentação e avaliação das candidaturas e análise dos recursos, se houver.
O Hospital do Barreiro perdeu dois dos cinco oncologistas que trabalhavam a tempo inteiro naquela unidade. Um dos especialistas foi trabalhar para o Hospital de Loures e o outro médico faz 20 horas por semana no Hospital do Barreiro e o restante tempo colabora (desde Junho) com o Hospital de Almada, mediante acordo entre as administrações.
Os três oncologistas do Barreiro e os sete internos da oncologia, que não concluíram a formação, são insuficientes para as necessidades hospitalares. A manter-se o problema, a unidade de oncologia não tem capacidade para atender novos doentes. Em 2011, a unidade recebeu 750 novos casos. Nos últimos anos, o serviço passou das 8000 consultas e 6000 sessões de tratamento, por ano, para mais de 14 mil consultas e 9500 sessões de tratamento, em 2011.
Fontes ouvidas pelo CM asseguram que os doentes daquela unidade não podem esperar meses até à colocação de um médico e que "não é solução para o problema".
Contactado pelo CM, o Ministério da Saúde responde que o concurso está a decorrer.
Governo sem sistema para a cobrança coerciva
Os Ministérios da Saúde e das Finanças e os hospitais desconhecem quando estará implementado o sistema informático que irá permitir a cobrança coerciva das taxas moderadoras, que deverão render em 2012 cerca de 200 milhões de euros aos cofres do Estado. Questionados pelo CM, fonte dos ministérios e de algumas unidades de saúde não souberam responder quando é que o sistema estará operacional e o porquê de não estar a funcionar desde há um mês, como o previsto.
Fonte Correio da Manhã
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