Estudo representa passo importante no tratamento de doenças que alteram o funcionamento neural, como Alzheimer e Parkinson
Cientistas da Universidade de Munique, na Alemanha, descobriram como criar novos neurônios a partir de outro tipo de célula adulta encontrada no cérebro.
A pesquisa representa um passo importante no tratamento de doenças que alteram o funcionamento do cérebro, como Alzheimer e Parkinson.
Grande parte da investigação que visa criar novas células cerebrais foca na utilização de células estaminais e adultas a partir de outras partes do corpo e na reprogramação delas para formar novas células cerebrais e, em seguida, implantá-las no cérebro.
Agora, a equipe, liderada por Benedikt Berninger, descobriu uma maneira de criar novos neurônios a partir de células que já estão no cérebro.
"O principal objetivo que temos em mente é que esta abordagem pode, no futuro, nos permitir induzir a conversão dentro do próprio cérebro e, assim, proporcionar uma nova estratégia para reparar o cérebro lesado ou doente", afirma Berninger.
Berninger e seus colegas se cocentraram na em células chamadas de pericitos. Estas células se encontram perto de vasos sanguíneos no cérebro e ajudam a manter a barreira hemato-encefálica, que impede as bactérias e o material indesejado de passar da corrente sanguínea para o cérebro.
Em outras partes do corpo, pericitos ajudam na cicatrização de feridas, o que chamou a atenção da equipe.
Os pesquisadores queriam saber se atacassem essas células e as transformassem em células nervosas, eles poderiam aproveitar essa resposta no tratamento de lesões.
Eles conseguiram transformar pericitos adultos presentes no cérebro humano em células com característica de neurônio com a ajuda de dois genes, Sox2 e Mash1.
"Mostramos que as células do córtex cerebral humano adulto que expressam características de pericitos podem ser reprogramadas em células neuronais", afirma Berninger.
A equipe utilizou um método chamado "mapeamento de destino genético" em camundongos para confirmar que as novas células cerebrais tinham se originado de pericitos.
Quando eles testaram as novas células para ver de perto como elas se assemelhavam a neurônios, eles descobriram que elas podiam produzir pulsos elétricos e se comunicar com outros neurônios, duas características importantes para ser capaz de integrar redes neurais.
"Ainda existe um longo caminho a percorrer antes que essa abordagem funcione em um tecido vivo, mas mesmo assim, este é um passo importante na busca de uma nova forma de fazer as células do cérebro", concluem os pesquisadores.
Fonte isaude.net
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