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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Equipe cria molécula sintética de platina mais eficaz contra câncer resistente

Técnica funciona como um 'Cavalo de Tróia', levando medicamento 'escondido' na molécula até as células doentes da mama
 
Cientistas da Wake Forest University, nos EUA, desenvolveram uma nova terapia capaz de atacar as células do câncer de mama de forma mais eficaz.
 
A abordagem funciona de forma semelhante a um 'Cavalo de Tróia', levando um medicamento anticâncer 'escondido' em uma molécula até as células doentes.
 
As terapias atuais com base em platina não funcionam contra tipos mais comuns de câncer, como o de pulmão e mama.
 
Após anos de pesquisa, os cientistas projetaram moléculas sintéticas híbridas de platina que trabalham de forma mais eficaz contra cânceres quimio-resistentes, incluindo o câncer de mama.
 
Essa descoberta levou à criação de uma fórmula que une a platina ao endoxifen, um parente próximo do medicamento tamoxifeno, e silenciosamente leva o remédio até as células doentes, como se 'escondido' em um Cavalo de Tróia.
 
"A maioria das drogas com base em platina causa graves danos ao DNA de células cancerosas. Infelizmente, a maioria dos cânceres consegue parar o dano e reparar o DNA, e isso é o ponto de partida para o nosso projeto estrutural. Nós desenvolvemos um composto que faz um bom trabalho terapêutico oprimindo as organelas responsáveis pela reparação dos danos celulares", explica o líder da pesquisa Ulrich Bierbach.
 
Segundo Bierbach, em vez de matar as células de câncer, a cisplatina causa dobras na cadeia de DNA, que ativa enzimas imediatamente para corrigir os danos. A nova molécula sintética à base de platina tem uma afinidade muito maior com o DNA do que a cisplatina e causa danos que não são facilmente identificados pela célula cancerosa.
 
Estudos pré-clínicos iniciais mostraram que a nova molécula é até 500 vezes mais potente do que a cisplatina no tratamento do câncer de pulmão e até 10 vezes mais eficaz contra o câncer de mama.
 
"Nos próximos dois anos, esperamos transformar nossas drogas baseadas em platina em um tratamento seguro e específico, ligando-as a veículos de entrega que irão levá-las a um tipo específico de câncer e atuar como um míssil teleguiado", concluem os pesquisadores.
 
A pesquisa foi publicada no Journal of Medicinal Chemistry.
 
Fonte isaude.net

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