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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Rio cria estratégias de doação de sangue para atender eventos internacionais

Estado busca fidelizar doadores para garantir doações suficientes para a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude
 
Os grandes eventos internacionais que o Rio receberá estão motivando a Secretaria de Saúde a pensar em campanhas e estratégias de fidelização para doadores de sangue, a fim de garantir que os estoques sejam suficientes, durante eventos como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, além da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos, em 2015.
 
A ideia é tornar a doação um hábito cultural, ampliando os estoques não só em datas especiais, mas para suprir as necessidades diárias do estado. Prova da demanda crescente por sangue é que, para atender às 180 unidades hospitalares do estado, o Hemorio precisaria encher de 300 a 400 bolsas de sangue por dia, o que iria requerer 500 doadores diários. No momento, porém, a instituição conta com, no máximo, 300 doadores em cada dia de semana, número que cai para 200 aos sábados e 100 aos domingos.
 
"Não estamos conseguindo atender à demanda da rede de hospitais. É importante que as pessoas entendam que a necessidade de sangue é diária. Não é uma questão de solidariedade, mas de responsabilidade social", disse Naura Faria, chefe do Serviço de Atendimento ao Doador do Hemorio, alertando que o fato de os doadores cadastrados não fazerem as doações com regularidade é o que dificulta a manutenção dos estoques.
 
Segundo a subsecretária de Vigilância em Saúde, Hellen Miyamoto, a Secretaria está promovendo reuniões para definir as melhores táticas de atração de doadores. Uma das ideias é adquirir pelo menos mais duas unidades móveis de coleta atualmente, o Hemorio tem uma, que sai cinco vezes por semana. A outra medida é obter uma consultoria do médico britânico Keith Grimmett, chefe de equipe da London Ambulance Service, que ficou responsável pelos serviços de fornecimento de sangue durante as Olimpíadas de Londres. O médico virá ao Rio em novembro, especialmente para passar sua experiência à equipe da Secretaria de Saúde.
 
"Além disso, vamos investir em tecnologia para modernizar o processamento do sangue e atender aos requisitos do Comitê Olímpico Internacional (COI) em relação à qualidade do sangue. O órgão estabelece critérios para processos como fracionamento de plasma, de hemácias e dupla filtragem, a fim de minimizar os riscos de reações adversas decorrentes do uso de sangue na população de outros países"disse Miyamoto.
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, para que os estoques sejam mantidos, cada país ou estado precisa que pelo menos 3% da população doe sangue. No Estado do Rio, este percentual ainda é de 1,8%.
 
Fonte isaude.net

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