Ministério da Saúde reconhece não ter capacidade financeira para abrir mais equipamentos |
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, defende que esses utentes podiam ser colocados nas unidades que estão prontas ou em fase de finalização de obra, mas que não abrem portas por falta de contrato assinado com o Estado.
"Essas pessoas estão nos hospitais, onde as diárias variam entre os 300 e os 700 euros, quando uma unidade de longa duração custa ao Ministério da Saúde 900 euros por mês, ou então estão em casa, com as famílias destroçadas, ou a correrem sempre para os hospitais", disse Manuel Lemos, em entrevista à agência Lusa. O responsável pede "coragem" para se "fechar o que é necessário e abrir o que é necessário abrir".
O Ministério da Saúde esclareceu, entretanto, que estes equipamentos estão por abrir "porque não há financiamento para os colocar em funcionamento", não existindo "verbas disponíveis que permitam fazer mais do que se está a fazer".
"Os cuidados continuados não podem mergulhar em situação de insustentabilidade, o que ocorreria se avançassem todos os projectos em carteira [da parte das misericórdias e de outros]. As novas camas de cuidados continuados só serão abertas na certeza de que exista sustentabilidade financeira", acrescenta a tutela.
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados arrancou em 2006. Depois de um apelo do anterior Governo para que o sector social ajudasse a aumentá-la, as misericórdias possuem hoje 52% da rede, ou seja, três mil camas, num projecto que obrigou ao financiamento bancário.
Fonte Correio da Manhã
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